A assessora comercial do Nucleovet,Eliana Panty, destacou que a iniciativa é resultado de um processo de amadurecimento da entidade. "Trabalhamos com multinacionais e precisamos estar no mesmo nível de organização e rigor fiscal delas", destacou.
Simpósio Brasil Sul de Avicultura completa 20 anos em 2019
O Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA) completa 20 anos em 2019, com a expectativa de receber em Chapecó (SC), […]
O Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA) completa 20 anos em 2019, com a expectativa de receber em Chapecó (SC), entre os dias 2 e 4 de abril, cerca de 1,7 mil pessoas. Um selo comemorativo aos 20 anos do evento foi criado e poderá ser utilizado pelas empresas parceiras.
Essas informações foram transmitidas à imprensa e empresários no último dia 26/11, pelo presidente do Nucleovet (Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas), Rodrigo Toledo. Durante o encontro, realizado na sede do Sindirações, Toledo fez um resgate breve da história do evento.
"No final da década de 90 as agroindústrias se reuniram pela necessidade de reciclar o conhecimento de suas equipes", lembrou o presidente do Nucleovet. Segundo ele, devido à precariedade dos acessos e dificuldades de deslocamento do grande número de atores do setor para outras regiões, decidiu-se por levar os palestrantes até Chapecó.
"Trazer os palestrantes para perto do setor era mais econômico, mais produtivo e foi assim que realizamos o primeiro Simpósio de Avicultura, na sede do Sindicato dos Bancários", lembrou Toledo. "Eu, quando passei a frequentar já era no hotel Lang e logo foi preciso instalar uma sala com tela de projeção do lado de fora do hotel", contou.
Segundo Toledo, em 2008, quando foi construído o Centro de Eventos de Chapecó, o Nucleovet realizou o primeiro Simpósio Brasil Sul de Suinocultura. "Os eventos foram ficando maiores que o Nucleovet e hoje não tem como não fazê-los", salientou.
O presidente do Nucleovet afirmou que oferecer programação técnica de alto nível, atualizada e condizente com a demanda do setor é o foco principal dos Simpósios realizados pela entidade. "A arrecadação desses eventos objetiva apenas custeá-los", salientou.
Crescimento e Organização
O crescimento dos eventos realizados pelo Nucleovet passaram a exigir um nível maior de organização e profissionalismo por parte da entidade, segundo Toledo. Ele destacou o rigor fiscal que deve ser cumprido pela entidade por seu caráter de não visar lucro.
O presidente do Nucleovet apontou ainda que hoje a entidade possui um programa de gestão fiscale todos os seus contratos são submetidos a uma auditoria externa. "A primeira auditoria que fizemos foi no final de 2018, sobre toda a movimentação os últimos cinco anos da entidade", contou.
Segundo Toledo, esse controle fiscal mais rígido atende, inclusive, as medidas de complianceadotadas pelas empresas que apoiam seus eventos. "Acreditamos que essa antecipação do nosso calendário permite nos organizarmos melhor, evitar choque de agendas com os eventos das empresas e poder estabelecer negociações mais vantajosas com os nossos parceiros", concluiu.
Mercado de Rações
O encontro foi aberto pelo presidente executivo do Sindirações, Ariovaldo Zani, que apresentou expectativas do setor para 2019. Ele falou sobre os impactos tecnológicos no setor, mercado consumidor e expectativas para o setor.
Em 2018, numa perspectiva "muito otimista" segundo Zani, o setor de raçõesdeverá crescer 1%, podendo até ficar no "empate". Em termos de alimentação animal para frangos de corte, a produção em 2018 deverá ser de 31,7 milhões de toneladas, ante as 32,3 milhões de toneladas produzidas em 2017, ou seja, uma queda de 2%.
A produção de ração para atender a avicultura de posturadeverá ficar em 6,8 milhões de toneladas em 2018, ante os 6,2 milhões de toneladas produzidos em 2017, representando um crescimento de 10,62%.
Para 2019, a expectativa do setor é de possibilidade de crescimento de até 3%, a depender de o governo eleito realizar reformasque estimulem o consumo. Ou seja, as expectativas estão voltadas para o crescimento do mercado interno, tendo em vista que a previsão para 2019 é de um mercado internacional mais comedido.
O jornalista especializado em agronegócio, Marcelo Lara, encerrou o encontro apresentando uma análise de conjuntura e o que esperar do novo Ministério da Agricultura.