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Sindirações: desafios e perspectivas da cadeia de proteína animal

Escrito por: Priscila Beck
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Ariovaldo Zani Sindirações

O vice-presidente executivo do Sindirações, Ariovaldo Zani, abordou os “desafios e perspectivas da cadeia produtiva de proteína animal” na edição 2018 da FENAGRA (Feira Nacional da Agroindústria), realizada no mês de maio, em Campinas, interior de São Paulo. A seguir você encontrará os pontos de destaque do discurso do vice-presidente executivo do Sindirações:

Oportunidades

 

De acordo com Zani, é flagrante a contínua prosperidade da agricultura no Brasil. Essa afirmação se justifica basicamente por três fatores.

  1. Ampliação das oportunidades para exportações do Brasil ao mercado chinês, diante do enfraquecimento do relacionamento entre Estados Unidos e China, por conta das mútuas retaliações;
  2. Aumento da receita das exportações agrícolas por conta do câmbio e relacionada, também, ao movimento americano de aumento da taxa de juros/enxugamento monetário nos Estados Unidos;
  3. Os efeitos climáticos da Argentina, que, após sofrer com seca e queda na safra, contribuiu para aumento dos preços da soja, privilegiando o Brasil como fornecedor alternativo.

Ameaças

 

“Além disso, a percepção externa é de um Brasil ainda com insegurança sanitária. E lamentavelmente, os últimos episódios constituem motivos para isso”, comenta Zani.

Exportação de frango – O Brasil segue como líder mundial na exportação de frango, no entanto, a taxa de crescimento nesse quesito tem encolhido, ano a ano, ficando em torno de 6%. Enquanto isso, a Tailândia avança 17% ao ano e, em termos de crescimento proporcional, já lidera o ranking dos exportadores. Os motivos da queda brasileira estão relacionados à insegurança jurídica/compliance, à burocracia regulatória, e ao crescente custo de produção e de mão de obra.

Pontos Fortes

 

Pontos fracos

 

“No modelo existente, observam-se práticas antiquadas de inspeção e fiscalização que abrem brechas para que oportunistas inescrupulosos manchem a imagem do País”, analisa;

Fatores de Risco

 

“O pedido foi atendido e, de fato, muito tem contribuído na saída da safra de milho e de soja. Essa facilidade, porém, diminui a oferta interna e faz com que o preço suba. Em resumo, a facilidade é muito boa para quem produz o milho e exporta, mas para a pecuária deve ser encarada como um risco a ser observado atentamente”, avalia Zani.

Proposta do Agronegócio aos presidenciáveis

 

O Sindirações integra o grupo de trabalho apartidário que elaborou e encaminhou aos presidenciáveis uma proposta em prol dos interesses do agronegócio. Trata-se de um documento baseado no princípio de “apresentar soluções, ao invés de problemas”. A proposta contempla sugestões de como implementar um Ministério da Agricultura “versão 4.0”, de viés estratégico, que valorizaria as tecnologias disruptivas, de banco de dados e da inteligência artificial em que a máquina faz o trabalho “braçal” e libera o auditor fiscal para ações mais estratégicas; a análise do risco alinhada às condições sócio/geográficas; a avaliação econômica do impacto regulatório e modulação dos prós e contras na aprovação de novas leis e regulamentos; a harmonização dos sistemas públicos para que todos os auditores tenham capacidade de realizar a mesma interpretação dos fatos; e a autorregularão privada, de maneira que cada produtor tenha liberdade para determinar sua forma de produzir, porém ciente de que o produto final será auditado pela necessária arbitragem oficial e exigida pelos clientes internacionais.

Reflexões

 

Se ainda persiste dúvida quanto à sanidade no Brasil, qual seria nossa imagem diante dos clientes internacionais se oficialmente for permitida a produção de farinhas/gorduras para alimentação animal das carcaças de animais que morreram sem inspeção ou por causa indeterminada? Há que se refletir bastante antes da tomada das decisões”, salienta Zani.

O que esperar do futuro

 

Quando o assunto é perspectiva, Zani aposta que ainda no curto prazo as discussões envolverão iniciativas que priorizem os elementos biológicos em substituição aos químicos; a edição gênica; a potencial terceira safra; a tomada de decisão com base na inteligência artificial; uso contínuo da internet das coisas na agropecuária; conectividade crescente; biocombustíveis renováveis; privatização do crédito rural; e logística com concorrência.

Assessoria de Imprensa do Sindirações

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