UNIWALL® MOS 25: Prevenção eficaz dos desafios por enteropatógenos
Os fatores envolvidos para se obter uma saúde intestinal da ave estão baseados em premissas como:
- dieta fornecida,
- estrutura e função da barreira intestinal,
- composição da microbiota,
- capacidade de digestão e absorção e,
- eficiência do sistema imunológico.
Estes fatores são aliados da saúde e do bem-estar animal (CELI, et al., 2019).
Os prebióticos são capazes de modular a população de bactérias benéficas no intestino das aves, ao mesmo tempo que limitam a comunidade de patógenos intestinais (KIM et al., 2019). Além disso, podem estimular respostas imunes específicas e não específicas e influenciar a ecologia microbiana.
UNIWALL® MOS 25: Prevenção eficaz dos desafios por enteropatógenos
Desta forma, podendo dificultar a adesão bacteriana e reduzir a concentração de patógenos, podem também neutralizar micotoxinas e manter a integridade da mucosa intestinal (PETTIGREW, 2000; SPRING, 2000). Um prebiótico muito estudado atualmente é a parede celular de Saccharomyces cerevisiae (MACARI; FURLAN, 2005). Essa estrutura é rica em um oligossacarídeo à base de alfa-manose e beta-glucose (KOGAN; KOCHER, 2007), chamado de mananoligossacarídeo (MOS).
Os MOS atuam bloqueando a adesão e fixação de enterobactérias nos enterócitos. Eles podem se comportar como ligantes de alta afinidade no trato gastrointestinal dos animais, podendo fornecer às bactérias patogênicas um sítio de ligação competitivo para suas fímbrias específicas de manose tipo 1 (ABD EL-HACK et al., 2023).
UNIWALL® MOS 25: Prevenção eficaz dos desafios por enteropatógenos
Além de prebióticos, o uso de ácidos orgânicos pode auxiliar na redução de infecções por bactérias patogênicas, alterando o pH do ambiente. A utilização de associações de ácidos orgânicos que apresentam dissociação em diferentes pH pode manter a ação antimicrobiana em maior extensão intestinal (OSTERMANN, D. et al., 2005).
O UNIWALL® MOS 25 é uma combinação única de ácidos orgânicos (acético, fórmico e propiônico com os sais formiato de amônio e propionato de amônio), parede de levedura (mananoligossacarídeos e betaglucanos) e um carrier mineral protetor, que oferece ao produto a capacidade de transporte ativo.
UNIWALL® MOS 25: Prevenção eficaz dos desafios por enteropatógenos
Essa associação proporciona uma sinergia e modulação da microbiota intestinal benéfica constituída por bactérias acidófilas, melhorando a qualidade intestinal e suprimindo a multiplicação de bactérias patogênicas.
Foi conduzido um estudo na Universidade Estadual de Londrina com o uso de 1,5 kg por tonelada de ração de UNIWALL® MOS 25, avaliando a quantificação de enterobactérias totais intestinais de frangos de corte.
No estudo, utilizou-se frangos de corte (n=48) com um dia de vida, alojados em gaiolas experimentais. Os animais receberam água e alimento ad libitum e aquecimento conforme as exigências fisiológicas (CEUA/UEL 093/2021). As aves foram divididas em 2 grupos, com 24 aves por tratamento da seguinte forma:
Tabela 1. Tratamentos avaliados
As necropsias foram realizadas no 15° dia de vida das aves, sendo 12 aves por tratamento, com coleta de intestino. Os intestinos foram macerados, submetidos à diluição seriada e semeados por espalhamento em placas de Agar Bile Vermelho Violeta Glicose (Sigma-Aldrich) e incubados a 37°C por 20 horas. Os dados foram comparados utilizando ANOVA, seguida de teste T (p<0,05).
As médias da quantificação de enterobactérias totais intestinais observadas por tratamento foram T1: 4,58a e T2: 1,92b. O grupo do UNIWALL® MOS 25 apresentou uma diminuição na população de enterobactérias totais com diferença estatística entre a média do tratamento em comparação ao controle.
Conclui-se que o UNIWALL® MOS 25 foi capaz de reduzir a população total de enterobactérias pertencentes à microbiota de frangos de corte até o 15º dia de vida. Desta forma, o produto pode ser usado como uma estratégia preventiva nas fases nutricionais iniciais das aves, com objetivo principal de diminuir os enteropatógenos e favorecer a saúde intestinal das aves.
Gráfico 1. Quantificação de enterobactérias totais nas aves no 15°dia de vida. a, b Letras diferentes, são significativamente diferentes (P ≤0.05)
Abd El-Hack, M. Kamal, A.H. Alqhtani, R.M. Alreemi, R.S. Alazragi, H. Khojah, A.A. Swelum, A.F. Khafaga, S. Świątkiewicz Detoxification impacts of dietary probiotic and prebiotic supplements against aflatoxins: an updated knowledge Ann. Anim. Sci., 23 (2023), pp. 1049-1060
Celi, P., Verlhac, V., Calvo, E. P., Schmeisser, J., & Kluenter, A. M. (2019). Biomarkers of gastrointestinal functionality in animal nutrition and health. Animal Feed Science and Technology, 250, 9-31. https://doi.org/10.1016/j.anifeedsci.2018.07.012
Kim, S. A., M. J. Jang, S. Y. Kim, Y. Yang, H. O. Pavlidis, and S. C. Ricke. 2019. Potential for prebiotics as feed additives to limit foodborne Campylobacter establishment in the poultry gastrointestinal tract. Front. Microbiol. 10:91. doi: 10.3389/ fmicb.2019.00091.
KOGAN, G.; KOCHER, A. Role of yeast cell wall polysaccharides in pig nutrition and health protection. Livestock Science, v.109, p.161-165, 2007.
MACARI, M.; FURLAN, R.L. Probióticos. In: CONFERÊNCIA APINCO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA AVÍCOLAS, 1., 2005, Campinas. Anais… Campinas: FACTA, 2005. p.53-71.
PETTIGREW, J.E. Mannan oligosaccharides effects on performance reviewed. Feedstuffs, v.72, n. 53, p.12-14, 2000.
SPRONG, P. Yeast’s secret weapon aids animal production. In: ‘SIMPÓSIO SOBRE ADITIVOS ALTERNATIVOS NA NUTRIÇÃO ANIMAL’. Campinas, 2000. Anais. Campinas: CBNA, 2000. P.41-50.
OSTERMANN, D.; SANGFELICE, A.; VIEIRA, S.; VIOLA, E. Metabolismo e bases conceituais para a ação benéfica de ácidos orgânicos para frangos de corte. Animal World, 3: 28 – 31, 2005.