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Uruguai: Avicultores denunciam contrabando de frangos

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Uruguay: Productores avícolas actúan frente a contrabando de pollos contrabando de frangos

Conteúdo disponível em: Español (Espanhol)

As empresas avícolas pertencentes à Câmara Uruguaia de Produtores Avícolas (CUPRA) estão muito alarmadas e evidenciam um aumento do contrabando de frangos inteiros provenientes do Brasil e, inclusive, da Argentina.

O presidente da Câmara Uruguaia de Produtores Avícolas, Domingo Esteves, anunciou que a entidade denunciou esta situação ao governo uruguaio, primordialmente à Direção Nacional Aduaneira e ao Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca , aguardando, agora “resultados”.

A CUPRA, que concentra as empresas avícolas uruguaias, já denunciou, em 2015, o recrudescimento do contrabando de frangos vindos do Brasil e, inclusive, realizou um trabalho investigativo que entregue à Direção Nacional Aduaneira. O levantamento mostrava que os frangos chegavam em carros, motos e até em ônibus aos comércios dos departamentos limítrofes com o Brasil, sem respeitar a cadeia de frio e em condições higiênicas bastante deficientes – EL PAÍS.

No trabalho descrito anteriormente, que inclusive foi legalizado notarialmente, a Câmara Uruguaia de Produtores Avícolas, CUPRA, manifestou que entre 25% e 30% dos frangos que eram vendidos nos departamentos uruguaios fronteiriços com o Brasil, eram fruto de contrabando. Isso gerou uma evasão fiscal de aproximadamente US$40 milhões ao ano.

“Hoje esse problema voltou a se recrudescer. É uma questão de preços, quando a diferença é grande, se nota mais o contrabando de frangos. Vínhamos há bastante tempo com preços reduzidos no Uruguay, isso foi se corrigindo e hoje estamos em um preço razoável”, apontou o representante da CUPRA.

Segundo a entidade, os frangos brasileiros de origem ilegal “estão chegando até Maldonado, Tacuarembó, Durazno, Treinta e Tres, entre outros departamentos que são fronteiriços com o Brasil”.

As autoridades da CUPRA, de acordo com seu presidente, Domingo Esteves, já levaram este problema ao Instituto Nacional de Carnes (INAC). Além disso, na semana passada, realizaram a denúncia no Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) e para as autoridades da Direção Nacional Aduaneira. “Agora estamos esperando resultados”, afirmou Esteves, que acrescentou que “não se descarta nenhum tipo de medida se não se conseguir os resultados esperados”.

Para o líder da CUPRA, é necessário uma “maior atuação em nível Aduaneiro e das barreiras sanitárias do MGAP” para frear este problema, por mais que o INAC aumente as inspeções nos açougues e comércios.

Com relação ao consumo, o presidente da CUPRA destacou que não há uma queda substancial, apesar de, nas últimas semanas, o preço do quilo de frango ter aumentado cerca de 47%. Isso acentuou a diferença do preço em relação à carne de ave brasileira. “Se comparamos a relação de preços da carne de ave com a vacina, hoje o produto está em níveis de preços históricos”, acrescentou o presidente da CUPRA, Domingo Esteves.

De acordo com as empresas avícolas, conforme já divulgado pelo aviNews, o aumento no preço da carne de frango no Uruguai, se deve aos enormes prejuízos dos avicultores nos últimos tempos, que decidiram diminuir as perdas monetárias reduzindo a produção.

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