USDA: Produção avícola brasileira deve crescer 1,4% em 2025
O Brasil deve registrar um crescimento de 1,4% na sua produção avícola em 2025, alcançando 47,85 milhões de toneladas, segundo […]
O Brasil deve registrar um crescimento de 1,4% na sua produção avícola em 2025, alcançando 47,85 milhões de toneladas, segundo dados do relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
O aumento deve ser impulsionado por custos de ração competitivos e melhorias na eficiência produtiva. Porém, o setor deve enfrentar desafios como a forte concorrência global e oscilações nos estoques internos.
- De acordo com o USDA, o crescimento esperado está relacionado às condições favoráveis nos custos de insumos, principalmente milho e farelo de soja, que representam a maior parte dos gastos na avicultura. Além disso, dados do relatório indicam uma melhora de 2,6% no peso médio dos frangos abatidos, o que reflete ganhos de eficiência e manejo.
Outro fator relevante para a revisão da produção avícola brasileira pelo USDA é a retomada da demanda global por proteína animal. Embora a concorrência internacional esteja acirrada, o Brasil continua se destacando pela qualidade e regularidade de suas exportações.
Para 2025, as exportações brasileiras estão projetadas em 6,78 milhões de toneladas, o que representa 14,4% do volume total produzido, com crescimento de 63 mil toneladas em relação a 2024.
Apesar do cenário positivo, o setor enfrenta barreiras que podem limitar o ritmo de crescimento. A forte concorrência de países como Estados Unidos e Tailândia, além de preços mais baixos praticados por exportadores emergentes, pressionam a competitividade brasileira no mercado global.
Adicionalmente, os estoques finais de carne de aves no Brasil têm diminuído. Para 2024, a projeção foi revisada para uma queda de 7,5% em comparação ao ano anterior.
Segundo o USDA, estoques reduzidos podem elevar os preços domésticos, tornando menos atrativa a exportação em determinados momentos.
Outro ponto de atenção é a dependência de mercados-chave, como China e países do Oriente Médio, que juntos representam uma parcela significativa das exportações brasileiras. Essa concentração expõe o setor a riscos geopolíticos e sanitários que podem impactar negativamente as receitas.
Preços e competitividade
O preço médio do frango inteiro no atacado deve encerrar 2024 em alta, com uma projeção de US$ 2,86 dólares por tonelada métrica, acompanhando a pressão dos estoques reduzidos. Para 2025, o USDA espera que os preços se mantenham estáveis, sustentados pela alta demanda interna e externa.
Embora o Brasil continue liderando como maior exportador mundial, o setor avícola precisará focar em estratégias para diversificar mercados e manter sua competitividade no cenário global, segundo o documento. Especialistas afirmam que o aumento na produção e a manutenção da qualidade são cruciais para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades no próximo ano.
Fonte: USDA, relatório Livestock, Dairy, and Poultry Outlook: November 2024.