Gustavo Camacho Paschoalin, Técnico Lanxess Biosecurity Solutions
Recentemente, a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) acendeu novamente os alertas da cadeia produtiva avícola de todo o continente americano com os surtos que começaram nos EUA no início do ano passado e com a disseminação através de todo o continente no decorrer de 2022 e que deve se seguir, também no ano de 2023, já que, em comunicado conjunto a Organização Mundial de Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde alertaram que, de acordo com o padrão sazonal dos surtos, o número de casos deve aumentar nos próximos meses.
No Brasil a preocupação com a probabilidade da entrada do vírus no país por parte de produtores, autoridades governamentais e iniciativa privada, cresceu significativamente após registros de casos no Peru, Equador, Colômbia e Venezuela, ocorridos durante o segundo semestre de 2022.
A IAAP se caracteriza por apresentar taxa de mortalidade alta e súbita, sem manifestação de sinais clínicos ou, em alguns casos, manifestando-se de forma severa, com depressão intensa e sinais respiratórios e neurológicos, além de queda na postura e produção de ovos deformados, com casca fina ou sem pigmentação. Também podem ser observados:
Onde os surtos ocorrem os impactos econômico podem ser extremamente significativos. Nos Estados Unidos, com um número de mais de 57 milhões de aves afetadas até o momento, calcula-se que os prejuízos podem alcançar valores entre US$ 2,5 e US$ 3 bilhões. No surto anterior, ocorrido em 2015 as perdas calculadas foram de US$ 3 bilhões. Na Europa, a atual temporada de IAAP soma mais de 2.400 surtos em 37 países com mais de 52 milhões de aves sacrificadas.
Além das perdas com a mortalidade das aves na região do foco (infectadas ou expostas) e dos gastos públicos para controle, fiscalização e limpeza, a experiência internacional tem demonstrado que a presença do vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade em um país provoca queda acentuada no consumo interno e nas exportações de produtos avícolas.
No caso do Brasil, maior exportador de frango e sexto maior produtor de ovos do mundo, a intensidade potencial dos reflexos econômicos negativos que um surto de IAAP suscitariam é considerável. Além de ter elevada participação na geração de emprego e renda de trabalhadores e produtores e de proporcionar proteína animal de baixo custo para a população brasileira, o setor avícola tem forte vínculo com a produção de grãos e com o comércio e indústria de serviços agropecuários e de transporte.
Uma das principais ferramentas para se minimizar os impactos de surtos de IAAP é um programa de biosseguridade funcional e consistente, abrangendo componentes de biosseguridade interna e externa, composto por rígidos protocolos de controle de pragas e vetores, controle de visitas, programa de limpeza e desinfecção de instalações, equipamentos, calçados e veículos, etc. Um programa de monitoramento destes protocolos também é indispensável para garantir a correta realização e, consequentemente, a efetividade dos mesmos.
Além da implantação de protocolos, é de extrema relevância que se promova uma cultura de biosseguridade nos ambientes de produção (granjas, fábricas de ração, incubatórios e abatedouros), já que práticas de biosseguridade podem ser encaradas como custosas, inconveniente ou dogmáticas, dificultando a implementação de um programa efetivo de biosseguridade. Assim, treinamentos, educação continuada e estabelecimento de metas comuns é essencial para que se rompam essas barreiras.
A Lanxess Biosecurity Solutions, possui equipe técnica com amplo know-how em práticas de biosseguridade e atua de forma ativa no treinamento de equipes e produtores, promovendo a biosseguridade a nível de campo.
Ao mesmo tempo, a Lanxess Biosecurity Solutions também conta com um amplo portfólio de produtos para biosseguridade, apresentando uma completa linha de desinfetantes com eficácia comprovada e certificada contra os vírus da IAAP, auxiliando no controle e prevenção desta enfermidade, além de completa linha de detergentes e produtos para controle de pragas.
Gustavo Camacho Paschoalin, Técnico Lanxess Biosecurity Solutions
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