“A segurança sanitária é a nossa maior preocupação. A influenza está presente em mais de 30 países, inclusive nos Estados Unidos e no México. Por prevenção, nossas matrizes vão ficar no local do Paraná mais distante de aviários, numa região completamente arborizada, sem nenhuma possibilidade de contato com outras galinhas”, revelou o diretor e sócio-fundador da Jaguá, Sidnei Bottazzari, ao Jornal paranaense.
Avícola do Paraná transfere matrizes para área arborizada
Além da sanidade, as mudanças também visam a garantia de controle do ciclo de produção de frango.
Uma avícola do Paraná, a Jaguá, irá transferir suas matrizes para uma região cercada de mata nativa e florestas plantadas, conforme divulgado pelo jornal paranaense Gazeta do Povo, em sua edição da última quarta-feira (12/7). O objetivo da transferência, prevista para ocorrer entre setembro de 2017 e fevereiro de 2018, é segurança sanitária.
As aves que estão hoje alojadas nos municípios paranaenses de Centenário, Roncador e Pitangueiras, e no município paulista de Santa Bárbara do Oeste, serão transferidas para um santuário ecológico em Ortigueira, a 180km de distância de Jaguapitã, onde fica o principal frigorífico da Jaguá. A nova casa terá capacidade para abrigar 600 mil matrizes em plena produção de ovos.
Sidnei Bottazzari declarou à Gazeta que o melhor momento para o reforço sanitário é justamente agora, quando o mercado internacional está atrás do produto brasileiro, a cotação do dólar se mantém equilibrada e, ao contrário da última safra, não faltam grãos para alimentar os frangos.
Controle do Ciclo de Produção
Além da sanidade, as mudanças também visam a garantia de controle do ciclo de produção de frango, desde a nutrição balanceada das matrizes e a seleção dos ovos, até a incubação, a criação, o abate e a comercialização. Em 2016 a avícola investiu R$ 38 milhões na construção de um incubatório vizinho ao abatedouro de Jaguapitã, onde são chocados 7 milhões de ovos por mês, com capacidade para chegar a 14 milhões.
A Jaguá tem 2,9 mil funcionários, exporta 60% da produção para 48 países. A avícola tem planos de crescer 50% em 2017 já que atualmente, segundo Bottazzari, está vendendo frangos vivos por falta de capacidade para o abatimento.
Com informações do Jornal Gazeta do Povo