02 fev 2018

Crescimento da avicultura colombiana é apresentado na IPPE 2018

A diretora do programa de ovos da FENAVI fala sobre a estratégia para aumentar o consumo dos produtos avícolas na Colômbia

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Em 2017 o consumo per capita de ovos na Colômbia foi de 279 unidades. O número coloca o país como o terceiro maior consumidor de ovos da América Latina, atrás do México e Brasil, segundo a Fenavi.

Por sua vez, o consumo per capita de frango chegou aos 32,8 kg em 2017. Assim, a carne de frango é hoje a preferida entre os consumidores colombianos.

A pregunta que fica é: qual a estratégia desenvolvida pela indústria avícola colombiana para alcançar este consumo em ambas as proteínas?

No último dia 29/1, durante a IPPE 2018, o aviNews conversou com Carolina González, diretora do programa de ovos da Fenavi. No evento, Carolina apresentou a palestra “Comercialização de Ovos na Colômbia” e nos respondeu às seguintes perguntas

Como foi possível estimular o consumo de ovos na Colômbia?
Em primeiro lugar, temos o Fundo Nacional Avícola, que são recursos arrecadados a partir da Cota de Fomento Avícola, que é uma obrigação das empresas incubadoras establecidas no país. Esses recursos são destinados à produção de aves para carne ou produção de ovos.

“As empresas incubadoras servem como arrecadadoras da Cota de Fomento Avícola, paga diretamente pelos avicultores. Estes recursos são destinados, em grande parte, à promoção do consumo de ambas as proteínas”.

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Concretamente, que açõe são realizadas para alcançar o objetivo de aumentar o consumo de ambas as proteínas?
Para alcançar exitosos resultados são desenvolvidas campanhas massivas de consumo. Fazemos comerciais de televisão em rede nacional, rádio e ocupamos muito os meios digitais.

“Para obter estes resultados positivos, nos últimos anos a FENAVI realizou estudos que permitiram à entidade entender o comportamento dos consumidores e, desta maneira, saber a quem e como dirigir as campanhas de ambos os produtos avícolas”. 

“Também temos outras estratégias como a desmistificação sobre a questão de hormônios no caso dos frangos e do colesterol no ovo”, acrescentou. Em consonância com o acima exposto, realizamos intervenções junto à comunidade científica, capacitando médicos (médicos especialistas, médicos generalistas) e, basicamente, isto nos permitiu chegar aos bons resultados que observados no crescimento de ambas as proteínas.

Como é vista a exportação de produtos avícolas pelo país?
Na realidade, sobre o tema da exportação, não vemos que os produtores avícolas estejam interessados a curto prazo. “De qualquer maneira, os tratados de livre comércio negociados pelo país têm favorecido os empresários ou produtores para que comecem a pensar na possibilidade de exportar”. Mesmo porque, com estes acordos comerciais, na medida em que comecem a chegar produtos importados à Colômbia, obviamente se terá que começar a dinamizar o debate sobre as exportações.

Nas exportações de frango são observadas maiores possibilidades de acesso a outros mercados, por exemplo, o Japão que já está aberto. No entanto, em ovos não se vê interesse por parte dos produtores, por não ser um produto altamente negociável. Eles veriam que a exportação, no caso do ovo, tem mais relação com os ovoprodutos, já que haveria mais oportunidades. Porém, atualmente na Colômbia está em fase inicial o desenvolvimento desta categoria de produtos dentro do mercado.

“Então, podemos observar que a médio prazo a exportação de produtos avícolas é mais factível no caso de frangos, que no de ovos. Neste momento, não se exporta nenhuma destas duas proteínas”.

Para conseguir exportar, é preciso trabalhar questões de admissibilidade, como por exemplo:

– Sanidade animal: estar livre da Doença de Newscastle. Vale ressaltar que a Colômbia é libre de Influenza Aviária;

– Inocuidade;

– Aspectos relacionados a inspeção, vigilância e controle das autoridades competentes;

– Patógenos: geralmente deve-se cumprir a verificação de Salmonella e Campylobacter;

– Resíduos de medicamentos;

– Em alguns países exige-se o cumprimento de aspectos como bem-estar animal ou rastreabilidade etc.

“Enfim, o frango colombiano deve atender todos os requisitos sanitários e de inocuidade para obter a admissibilidade para exportar a outros países”.

Onque você pode nos dizer sobre o aparecimento dos focos de Newcastle em granjas produtoras localizadas na região de Cundinamarca?
Na semana passada houve uma notificação de alguns focos de Newcastle que estavam ocorrendo no centro do país. Claramente, “quando saiu a notícia, nós enquanto entidade, a prineira coisa que fizemos foi utilizar as redes sociais para desmentir e desfazer os mitos que existiam sobre esta doença, já que supostamente poderia chegar a afetar a saúde humana”. 

De qualquer maneira, obviamente o que fizemos, com a ajuda de algumas agências de noticias, foi monitorar a quantidade de notícias quese difundiu sobre Newcastle, a interação que houve e de que maneira foram compartilhadas. Digamos que afortunadamente, uma vez lançado o alerta, houve uma reação rápida por parte da FENAVI.

Que encontros realiza a Fenavi para atualizar seus empresários ou produtores avícolas?
Bom, justamente este ano acontece o  XIX Congresso Nacional Avícola, de 5 a 7 de setembro de 2018, no Centro de Convenções CENFER de Bucaramanga, Santander, Colômbia. Este evento ocorre a cada dois anos e a participaçãoné cada vez maior. Este ano, pela primeira vez, teremos um país convidado, que é a Holanda. Teremos empresas avícolas holandesas e, obviamente, os conferencistas serão de mais alto nível.


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