O presidente da Câmara, Rubens Hannun, declarou ao Valor Econômico que todas as embaixadas dos países árabes no Brasil e as brasileiras nos países árabes estão sendo municiadas com informações. Documentos sobre problemas apurados e medidas oficiais adotadas estão sendo disponibilizados pela Câmara.
Câmara Árabe se mobiliza para fortalecer imagem da carne brasileira
No último mês de maio, após a deflagração da operação Carne Fraca, a entidade organizou uma visita de diplomatas do Conselho dos Embaixadores Árabes no Brasil a um frigorífico no RS onde é feito o abate halal de frangos.
O Jornal Valor Econômico divulgou nesta quarta-feira (5/7) que a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira está se mobilizando com o objetivo de fortalecer a imagem da carne nacional junto aos países árabes. A iniciativa se dá após o embargo dos EUA à carne bovina in natura e às críticas recentemente manifestadas pela União Europeia à qualidade das proteínas brasileiras.
Segundo informações da entidade, a Arábia Saudita figurou como o quarto maior mercado das exportações agropecuárias brasileiras no período de janeiro a abril deste ano, e os Emirados, como o 19º. No caso do frango, o Oriente Médio é o maior mercado do Brasil no exterior.
Quase 90% das importações de carne de frango da Arábia Saudita são atendidas pelo Brasil, conforme apurado pelo Valor junto ao Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). As importações árabes (21 países) de carnes bovina e de frango movimentaram, de janeiro a maio de 2017, US$ 1,3 bilhão, cifra 13,8% superior ao mesmo período do ano passado.
“Estamos mobilizados novamente porque, ainda que a exportação brasileira de carne in natura aos países árabes seja muito pequena, a influência das posições de União Europeia e EUA pode ser grande. Se há problemas com o produto, eles têm de ser esclarecidos”, declarou Hannun ao Jornal Valor Econômico.
Com informações do Jornal Valor Econômico e da Câmara Árabe