Apesar das quedas de preços de frangos de corte em junho, as reduções nas cotações de carne suína e bovina não permitiram que o frango de corte ganhasse competitividade. Essa é a análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA – Esalq), divulgada hoje (4/7) através do boletim Brasilian Agribusiness News, que aponta que os cenários político e econômico no Brasil pressionaram os preços em todo o setor pecuário brasileiro.
Na cadeia avícola, segundo a publicação, os produtores estão tentando diminuir o suprimento, favorecendo o ciclo de produção mais curto. Vale destacar que mais de 90% da atual produção brasileira é baseada no sistema integrado, o que permite que o suprimento seja melhor coordenado.
Quanto aos insumos, os baixos valores de milho aumentaram o poder de compra dos agentes do setor avícola. A taxa de troca de aves de corte em junho foi a mais favorável desde agosto / 15. O poder de compra dos avicultores em relação à farinha de soja aumentou em junho também.
De acordo com os colaboradores da Cepea, os insumos a preços baixos permitem que o setor avícola reduza as cotações de frango vivo para aumentar as vendas.
No estado de São Paulo, as cotações de animais vivos totalizaram 2,43 BRL por quilo em junho, 0,4% abaixo em relação a maio. A queda de preços mais nítida nesse período, de 10%, foi observada em Pará de Minas (MG), com o quilo a 2.16 BRL em junho (contra 2,40 BRL em maio).
As cotações de frango resfriado caíram 2,5% em junho no mercado varejista da Grande São Paulo, com média de 3,50 BRL por quilo em 30 de junho.
