08 mar 2018

China suspende medidas antidumping contra frango dos EUA

Estados Unidos continuam lutando para suspender a proibição a seus produtos avícolas por conta da Influenza Aviária

No último dia 27 de fevereiro a China retirou tarifas antidumping até então praticadas sobre o frango e produtos avícolas importados dos Estados Unidos. A medida resultou de um painel da Organização Mundial do Comércio (OMC), que considerou que as práticas violavam as regras da entidade.

As medidas antidumping eram adotadas pela China desde 2010. Até então, os Estados Unidos eram responsáveis por 84% dos investimentos do país asiático em importação de produtos avícolas, representando um montante de US$800 milhões ao ano, segundo informações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Em 2010, após a aplicação das tarifas antidumping, os investimentos chineses em importação de produtos avícolas dos Estados Unidos caíram para US$ 131 milhões.

Os Estados Unidos chegaram a contestar a denúncia da China em um fórum de disputa da OMC e ganharam. Porém, em 2013, a China realizou um novo inquérito e, em julho de 2014, alegou que novas evidências justificavam a continuação da imposição de medidas antidumping. O país asiático não só manteve as medidas, como as prorrogou até 2021.

Influenza Aviária

Apesar da superação do problema das tarifas antidumping, os Estados Unidos têm ainda outro obstáculo a superar. A China continua a proibir os produtos avícolas norte-americanos desde 2015, em decorrência de casos de Influenza Aviária Altamente Patógena (IAAP) que afetaram o país.

Desde agosto de 2017 os Estados Unidos foram reconhecidos livres de IA pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O USDA continua atuando junto a órgãos reguladores chineses para suspender a proibição e retomar o comércio total de produtos avícolas entre os países.

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Brasil

Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) apresentou ontem (7/3) a defesa do setor exportador de carne de frango do Brasil frente à investigação sobre a suposta prática de dumping movida pelo Governo Chinês. A defesa aconteceu durante audiência no Ministério do Comércio chinês, em Pequim (China).

A investigação foi iniciada em agosto de 2017, e partiu de uma acusação apresentada por produtores de aves chineses.  O processo incluiu, inclusive, empresas que não exportam para a China.

A ABPA defende que não há danos ou nexo causal entre as exportações brasileiras e qualquer eventual situação mercadológica local.

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