Em relação à carne de ave, os registros do SENACSA indicam que de janeiro a março a carne de frango foi exportada a oito destinos diferentes por um valor de US$ 87.720, correspondendo a 51.600 quilos. Porém, o que mais gerou recursos foram os miúdos de frango, com uma exportação de 784.370 quilos, por um valor de US$ 443.049. De acordo com a entidade governamental, estes dados mostram um crescimento de 100% em volume, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Exportação de carne de ave paraguaia está em crescimento
Apesar de o volume exportado de carne de ave ser muito inferior ao de países da região, os empresários estão diversificando para novos mercados.
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A Associação Paraguaia de Criadores e Exportadores de Frango (APPEP) comunicou que os resultados foram positivos para as exportações de carne de ave durante o primeiro trimestre deste ano. Para continuar neste caminho os empresários estão investindo em tecnologia para abarcar novos mercados e obter maiores rendimentos.
De acordo com o presidente da Asociação Paraguaia de Criadores e Exportadores de Frango (APPEP), Enrique Lampert, buscou-se exportar a novos mercados neste período e atualmente os envios se dirigem a oito destinos no total. Apesar de os preços ainda serem baixos e o volume de exportação muito menor em relação aos países vizinhos, esta abertura a novos mercados é um excelente indicador.
Efetivamente, para o representante da APPEP, o principal objetivo é diversificar ainda mais os mercados para a carne de frango. Por esta razão, várias empresas paraguaias estão investindo em tecnologia com a finalidade de ingressar em mercados mais exigentes e obter melhor preço por suas exportações. Também, afirmou, é preponderante investir em tecnologia já que a produção de frango não está sendo rentável da forma como está sendo operada atualmente.
De acordo com dados do Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (SENACSA), a exportação de carnes cresceu em todas suas apresentações: aves, suína e bovina.
Participação dos mercados externos nas exportações de carne de ave: Vietnã 52%, Angola 28%, Haití 7%, Congo 7%, Moçambique 2%, Togo 2%, R. Democrática do Congo 2% e Camarões 2%.
Operação Carne Fraca e Paraguai
Uma vez que os empresários paraguaios se informaram da investigação brasileira denominada “Operação Carne Fraca”, e logo se fecharam os mercados internacionais para a carne brasileira, presumiram que a carne de frango ingressaria de forma ilícita pelas fronteiras do país.
Diante desta situação, o presidente da APPEP, Enrique Lampert, indicou: “não sabemos que qualidade tem, nem quais cuidados foram tomados sobre a refrigeração”. Por esta razão, manifestou ter solicitado aos consumidores paraguaios consumir carne de frango nacional, salvaguardando a saúde da população. E mais, destacou que a vantagem de consumir produtos de marcas nacionais é que existe uma empresa responsável por trás do produto, que tem que cumprir a lei no caso de algum contratempo ou incidente.
Consumo e Ingresso Ilegal
Além disso, o titular da APPEP realizou um cálculo estimativo de qual a porcentagem de consumo da carne de frango que ingressa de forma ilegal no Paraguai. Segundo ele, em Asunción e Grande Asunción, que são as localidades mais distantes do Brasil, o consumo é de 23 quilos de frango per capta no ano, enquanto no Departamento de Alto Paraná são consumidos apenas 18 quilos por pessoa anualmente.
Lampert pontuou que esta diferencia de 5 quilos não se deve a mudanças no hábito alimentar, mas corresponde à cifra que não está registrada pela entidade, sobre a quem pertenceria a carne de aves que ingressa de maneira ilícita no país.