A coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Avícola no IMA, médica veterinária Izabella Hergot, lembra que a Instrução Normativa 08/2017, estabelece que as granjas terão até fevereiro de 2018 para se adequarem às medidas de biosseguridade, ou não poderão mais alojar aves.
19 ago 2017
IMA vistoria 225 granjas em ação preventiva à influenza aviária
A região vistoriada, Pará de Minas, é o maior polo avícola mineiro e não tem conseguido acompanhar as outras regiões do estado em relação ao registro de granjas
A vistoria de 225 granjas avícolas completou a segunda etapa da força-tarefa para prevenção à Influenza Aviária, que vem sendo desenvolvida pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) desde o início do mês de junho. A ação ocorreu junto às granjas em Pará de Minas, região Centro-Oeste, que concentra o maior número de granjas avícolas de todo o estado.
Durante a segunda etapa da força-tarefa, 20 médicos veterinários do IMA vistoriaram aproximadamente 800 galpões, com 14 milhões de aves alojadas. A vistoria teve o objetivo de verificar a adoção correta das medidas mínimas de biosseguridade exigidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) desde 2007, como forma de prevenir o surgimento de focos de doenças no plantel avícola, especialmente a influenza aviária.
O diretor-geral do IMA, Marcílio de Sousa Magalhães, ressalta que o Brasil, assim como os estados, estão em permanente alerta e vigilância, principalmente quanto à influenza aviária, doença que tem dizimado a produção avícola de diversos países. “Essa força-tarefa é mais uma ação de reforço que o IMA realiza junto aos produtores rurais para que estejam atentos às medidas de biosseguridade que, na prática, são medidas de segurança contra a influenza aviária e outras doenças que podem vir a acometer os planteis”, explica Magalhães.
Minas Gerais é o maior exportador brasileiro de ovos de consumo, respondendo por 40% das vendas externas do produto em 2016. Somente no primeiro semestre de 2017, o Estado exportou 1.653 toneladas de ovos, de acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Proteína Animal (ABPA).
Biosseguridade
Entre as medidas de biosseguridade exigidas estão a distância mínima entre granjas comerciais e de reprodução; a colocação de tela protetora para impedir o acesso de aves, animais domésticos e silvestres ao interior dos galpões; a instalação de cerca de isolamento e o controle, desinfecção e registro do trânsito de veículos e pessoas no estabelecimento, controle de pragas e roedores, incluindo a colocação de avisos para evitar a entrada de pessoas alheias no processo de produção.
Izabella Hergot avalia a força-tarefa como de extrema importância em virtude de a região de Pará de Minas não ter conseguido acompanhar as outras regiões do estado com relação ao registro de granjas. Segundo ela, poucos estabelecimentos pertencem a grandes integradoras, o que favorece a resistência dos produtores ao registro com a alegação de que falte de recursos para investir em adequações sanitárias.
“Temos nos relacionado com os produtores da região desde 2012 para avançar na conscientização sobre a biosseguridade das granjas”, explica Izabella. “Na força-tarefa tivemos a oportunidade de nos aproximarmos desses produtores e mostrar a verdadeira importância do registro das granjas avícolas”, completa.
A veterinária ressalta que o Brasil está em estado de alerta para evitar a entrada do vírus causador da influenza aviária no país, principalmente depois dos focos registrados em granjas do Chile e dos Estados Unidos no primeiro semestre deste ano. “A proximidade das fronteiras entre esses países e o processo natural de migração de aves entre os continentes são situações de risco que aumentam a necessidade de medidas preventivas”, argumenta a veterinária.
Força-tarefa
A fiscal agropecuária e médica veterinária do IMA, Laura Canêdo, explica que foi feito levantamento da real situação frente aos registros, além de realizadas orientações aos produtores locais de forma mais homogênea. “A força-tarefa foi exclusivamente educativa. A operação se deu em duas semanas de trabalho intenso, em que os produtores tiveram a oportunidade de receber orientações durante as vistorias”, observa Laura.
A fiscal agropecuária e médica veterinária do IMA, Lucilla Imbroinise Azeredo, disse que a partir deste diagnóstico, será possível adotar medidas específicas para as propriedades, caminhando para a totalidade de registros avícolas das granjas em todo o estado de Minas Gerais.
Com informações da Assessoria de Imprensa IMA