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Exportações de carne de frango caem em volume e receita no mês de junho

Escrito por: Priscila Beck
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As exportações brasileiras de carne de frango no mês de junho apresentaram quedas, tanto no volume exportado, como nas receitas. Segundo dados divulgados pela ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) nesta terça-feira (7/7), considerando todos os produtos, entre in natura e processados, o Brasil exportou 341,9 mil toneladas, volume 12,4% menor que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando foram exportadas 390,5 mil toneladas.

Em receita, o saldo de exportações chegou a US$ 446,5 milhões em junho, número 30,95% menorem relação ao registrado no mesmo período de 2019, com US$ 646,2 milhões. Segundo levantamento divulgado esta semana pelo Rabobank, os preços das aves vivas e inteiras caíram, respectivamente, 23% e 28% no Brasil em abril / maio, em comparação ao ano passado.

O banco holandês aponta ainda o excesso de oferta local nos mercados importadores como UE, Japão, Oriente Médio e África. Segundo o relatório do Rabobank, o aumento dos níveis de armazenamento a frio provocou grandes quedas nos preços de cortes como peito (-13%), pernas (-18%), pés (-8%) e carne processada (-8%).

No acumulado do ano, as vendas do setor avícola se mantiveram positivas em 1,7%, com 2,106 milhões de toneladas embarcadas entre janeiro e junho deste ano, contra 2,072 milhões de toneladas em 2019. No mesmo período, as vendas para o mercado externo geraram receita de US$ 3,144 bilhões, número 8,8% menor em relação ao saldo do primeiro semestre de 2019, com US$ 3,448 bilhões.

O mercado asiático foi o principal destino das exportações brasileiras. Segundo a ABPA, a região chegou a importar 837,3 mil toneladas no primeiro semestre, número 15% maior que o efetivado no mesmo período de 2019.

Principal destino, as vendas para o mercado chinês seguem positivas, com alta de 32% e embarques de 346,3 mil toneladas entre janeiro e junho de 2020. Singapura, com 67,6 mil toneladas (+49%), Filipinas, com 43,8 mil toneladas (+72%), e Vietnã, com 19,8 mil toneladas (+73%), foram os destaques nas vendas para a região neste ano.

“Houve também fortalecimento nas vendas para nações da África, como Egito, Líbia e Angola, além de nações árabes como Kuwait, Iêmen e Catar, que deram sustentabilidade aos embarques do setor no ano em médias mensais superiores às realizadas no primeiro semestre de 2019”, avalia Ricardo Santin, diretor-executivo da ABPA.

Fonte: ABPA

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