18 jun 2018

Mercado internacional incerto preocupa a avicultura brasileira

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As incertezas em relação às negociações com o mercado internacional estão preocupando a avicultura brasileira. A China, terceiro maior mercado de exportação do Brasil, recentemente impôs tarifas temporárias sobre o frango brasileiro, que também sofreu o impedimento de entrar na União Europeia.

Alegando que produtores e processadores chineses estão sendo prejudicados por importações a preços de dumping, o governo do país asiático impôs tarifas à carne de frango brasileira, que podem variar de 18,8% a 38,4%. O anúncio da China afetou fortemente as expectativas da avicultura brasileira.

A maior parte do volume de frango exportado pelo Brasil é comprada pela China. Em 2016, das 4,31 milhões de toneladas vendidas ao mercado internacional, 11,2% (484,49 mil toneladas) foram enviadas para a China. Em 2017, o montante embarcado para o país asiático diminuiu ligeiramente, para 391,39 mil toneladas, 9,2% do volume total exportado.

Dados da Comtrade (Commodity Trade Statistics Database) da ONU indicam que, do volume total de frangos importados pela China em 2016, 78% vieram do Brasil.

Por sua vez, o deslistamento de frigoríficos que exportavam carnes de aves para o bloco europeu ainda tem etapas a serem superadas até que possa ser revertido. Segundo o Ministro da Agricultura, BlairoMaggi, o Brasil ainda não recebeu os relatórios com informações sobre o resultado da última missão realizada por técnicos europeus em janeiro passado.

Aliado às incertezas do mercado internacional, desde o início de 2018, a avicultura brasileira enfrenta ainda momentos difíceis como o aumento de preços dos principais insumos utilizados na atividade, como o milho e farelo de soja, e a recente paralisação dos caminhoneiros que gerou perdas ao setor estimadas em R$3,5 bilhões.

A preocupação do setor com as incertezas relacionadas ao mercado externo procedem, afinal, o mercado doméstico não consegue absorver toda a produção de frangos de corte produzidos no Brasil. Segundo a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), 34% de todos os frangos de corte produzidos no país são destinados ao mercado internacional.

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Mercado Brasileiro

Os preços dos frangos de corte aumentaram na maioria das regiões pesquisadas pelo Cepea na primeira quinzena de junho, principalmente no sul do Brasil. O impulso veio da maior demanda, devido ao início do mês e à reposição de estoques, já que a oferta em atacadistas e varejistas foi muito baixa durante a greve dos caminhoneiros.

Na Grande São Paulo, os preços do frango congelado e resfriado subiram 33,5% e 18,6%, entre 30 de maio e 15 de junho, respectivamente, com média de 4,51 BRL e de 4,19 BRL por quilo em 15 de junho.

Exportações

 

Em maio, o Brasil exportou 314,36 mil toneladas de frangoin natura, aumento de 33,36% em relação a abril/ 18. Apesar do maior volume exportado e do dólar em patamares mais elevados, a receita em reais caiu 1,2% de abril para maio, para R $ 1,729 bilhão, devido aos menores preços pagos em dólar pela tonelada, que caíram 2%.

nas três primeiras semanas de junho, segundo dados do MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), o Brasil exportou 127 mil toneladas de frango in natura, o que representa uma queda de 63% ante as 343,3 mil toneladas enviadas em igual intervalo do ano passado.

Com informações do Cepea/Esalq

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