Os preços da carne de frango tendem a apresentar recuperação a partir de agosto. Este ano, a pressão também veio da perda de competitividade da carne da ave frente à concorrente bovina, que, por sua vez, vem registrando quedas no dianteiro e na carcaça casada desde abr/17.
Preços da carne de frango têm os menores valores desde 2006
Este ano, a pressão também veio da perda de competitividade da carne da ave frente à concorrente bovina, que vem registrando quedas no dianteiro e na carcaça casada desde abr/17
Em julho, os preços da carne de frango caíram para os menores valores reais da série histórica do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea – Esalq), desde setembro de 2006 (deflação pelo IPCA de jun/17). Segundo o boletim Agromensal, a situação reflete, principalmente, a demanda enfraquecida.
No atacado da Grande Soo Paulo, as cotações do frango congelado recuaram 4,2% de junho para julho, com média de R$ 3,58/kg no mês passado. Os valores do frango resfriado caíram 3% na mesma comparação, fechando com média de R$3,46/kg.
Na média mensal de julho, o quarto dianteiro foi comercializado a R$ 7,57/kg, queda de 5,5% em relação a junho, enquanto a carcaça casada teve média de R$ 9,06/kg no mês passado, desvalorização de 5% no período – ambos no atacado paulistano.
Dados da Associação Brasileira dos Produtores de Pintos de Corte (Apinco) apontam queda de 8,1% (102,9 milhões) no alojamento de pintainhos nos primeiros quatro meses de 2017, frente ao mesmo período do ano passado. Em julho, alguns frigoríficos consultados pelo Cepea afirmaram ter reduzido o número de abates, com o objetivo de evitar aumento nos estoques. Sem dados de produção atualizados, no entanto, é difícil mensurar a efetividade dessa estratégia para o setor como um todo.
O bom ritmo das exportações em julho também limitou quedas mais expressivas nos preços. O volume de embarques do produto in natura
aumentou 3,2% de junho para julho, totalizando 354,5 mil toneladas. Esse total contribuiu para elevar o faturamento para US$ 552,4 milhões, já que o valor médio da tonelada recuou de US$ 1.623,53 em junho para US$ 1.558,03 em julho.
Com informações do Agromensal do CEPEA