Lorival afirmou que a margem de ganhos dos produtores está no nívelmais baixo desde 2014. Ele lembrou que o preço do milho praticamente dobrou do ano passado para agora, e os farelos e óleos também sofreram aumentos de preço, entre 50% até 100%.
Preços das proteínas ao consumidor serão impactados no segundo semestre
“Esse cenário de aumento de custo ainda não está refletido nos preços de venda, mas sem dúvida é algo que ainda terá impacto para o segundo semestre”, informou Lorival Luz, CEO Global da BRF.
Segundo o CEO Global da BRF, Lorival Luz, o atual aumento de custos de produção para alimentação de aves e suínos terá reflexos sobre os preços ao consumidor no segundo semestre de 2021. A informação foi passada na manhã deste quinta-feira (13/5), durante videoconferência para divulgação dos resultados da BRF no primeiro trimestre de 2021.

Proteínas: preços ao consumidor serão impactados no segundo semestre
“A mesma coisa tem acontecido nas embalagens, tanto flexíveis, com rígidas”, salientou. “Esse cenário de aumento de custo ainda não está refletido nos preços de venda, mas sem dúvida é algo que ainda terá impacto para o segundo semestre”, completou.
O CEO destacou a necessidade de um reequilíbrio econômico-financeiro para restabelecer a sustentabilidade econômica da produção de alimentos, tanto de suínos, como de frangos. Desde o ano passado a BRF vem realizando a gestão dos insumos, entrando em 2021 com o maior nível de estoques de insumos, principalmente milho e soja.
“Isso garantiu um primeiro trimestre absolutamente eficiente e, ainda, com custos abaixo do custo de mercado, o que também ainda refletirá sobre o segundo trimestre desse ano”, comentou Lorival. No primeiro trimestre de 2021, o Custo BRF (CPV/kg) foi 22% inferior à média Embrapa.
Perspectivas
Sobre as perspectivas de crescimento de volume de vendas para o Brasil, Lorival afirmou que são positivas, considerando a competitividade das proteínas avícola e suinícola, ante a bovina. No mercado internacional, a Peste Suína Africana continua impactando mercados importadores, como a China, que segundo o CEO precisará de mais dois anos para restabelecer a produtividade de carne suína que possuía em 2018.
Quanto à notificação enviada pelas autoridades da Arábia Saudita à OMC, sobre a restrição do prazo de validade dos produtos congelados, de 12 meses para três meses, o CEO destacou que pode impactar as exportações brasileiras. Porém, destacou que existe um prazo de 60 dias para que os países se manifestem e a BRF já está em contato através dos órgãos competentes no Brasil.
“A perspectiva é de que exista um diálogo com a Arábia Saudita e se chegue a um bom termo, até porque continua existindo a necessidade de importar e a própria indústria loca precisa deu prazo maior que os três meses”, afirmou.
Fonte: Redação