14 jul 2017

Presidente da ABPA volta a defender qualidade da carne brasileira

"É importante que a sociedade não confunda questões de ajustes com problemas sanitários", afirma Turra

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, voltou a defender a qualidade da carne brasileira nesta sexta-feira (14/3). Segundo nota enviada à imprensa pela entidade, nos últimos quatro meses o setor produtivo de proteína animal tem vivido um ataque sem precedentes, que colocam sua solidez e qualidade em xeque "de forma equivocada".

Mesmo após os esclarecimentos apontados pelo setor em face dos equívocos na divulgação da Operação Carne Fraca, as deturpações e generalizações seguem impactando a imagem do setor, explica o presidente da ABPA. "Em 40 anos de exportação da carne de frango, o Brasil enviou 60 milhões de toneladas para centenas de países, gerando US$90 bilhões de dólares em receita e nunca houve nenhuma reclamação em relação à sanidade do produto", defende Turra.

O presidente da ABPA destaca entrevista recente do Embaixador da União Europeia no Brasil, em que o mesmo ressaltou que o produto brasileiro é imbatível. Turra também lembra que o Comissário Europeu de Saúde e Segurança Alimentar, Vytenis Andriukaitis, em encontro em Estrasburgo (França), recomendou aos eurodeputados que observassem o fato de o Brasil não possuir registros em sua história de venda de produtos contaminados.

"As autoridades sanitárias dos países importadores pedem ajustes no sistema de inspeção, o que o Governo Brasileiro tem se concentrado em fazer", explica Francisco Turra. "Mas é importante que a sociedade não confunda questões de ajustes com problemas sanitários.  E são questões pontuais, não de toda a cadeia produtiva. A qualidade não está em xeque”, analisa Turra.

O presidente da ABPA ressalta que, mesmo diante das turbulências enfrentadas ao longo do primeiro semestre deste ano, o setor manteve patamares sólidos de exportações.  Foram mais de 98,5 mil contêineres de carne de aves e de suínos embarcados apenas no primeiro semestre deste ano.

“No mercado internacional, o Brasil segue com condições de competitividade favoráveis.  A maior delas é seu status sanitário, sem nunca ter registrado focos de Influenza Aviária, livre também de doenças como Peste Suína Clássica e Diarreia Suína Epidêmica.  Nosso sistema é auditado pelos países importadores e por diversos órgãos privados, com mais de mil visitas realizadas apenas em 2016. Somos o primeiro país do mundo a constituir um núcleo produtivo em compartimentos, projeto pioneiro que realizamos sob a batuta da Organização Mundial de Saúde Animal.  Assim como qualquer outro sistema produtivo do mundo, temos ajustes a realizar e pontos a aprimorar, mas é inegável a condição que nos colocou na liderança mundial dos embarques de proteína animal”, aponta.

Ações de Resgate

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O clima de desconfiança que se instaurou em torno da imagem do setor é o motivador de uma infinidade de ações de resgate da credibilidade do sistema produtivo. Diversas destas ações são organizadas pela própria ABPA, como o Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura – SIAVS (29 a 31 de agosto, em São Paulo/SP), considerado pela associação como a principal ação realizada pelos setores este ano.

“Nos últimos tempos, o setor de proteína animal apresentou um crescimento 40% acima da própria média do agronegócio mundial.  Os indicadores positivos foram determinantes para o desenvolvimento de diversos polos de produção pelo Brasil, especialmente no interior.  São 4,1 milhões de postos de trabalho diretos e indiretos gerados em um sistema produtivo que garante a segurança alimentar não apenas do Brasil, mas de 160 países nos cinco continentes.  Não podemos permitir que o clima de desconfiança gere oportunidades para oportunistas. São cinco décadas de investimentos e um intenso trabalho reunindo empresas e cooperativas em uma gigantesca cadeia produtiva”, ressalta Turra.

Nota da JBS

A JBS encaminhou uma nota à imprensa na tarde desta sexta-feira informando que o pagamento mensal a fiscais agropecuários delatados pelo empresário Wesley Batista não afetou a qualidade dos produtos da empresa. Veja a íntegra da nota abaixo.

“Os pagamentos realizados a auditores fiscais agropecuários informados no âmbito da colaboração de Wesley Batista em depoimento à Procuradoria-Geral da República não têm qualquer relação com a qualidade dos produtos da empresa, cujos processos produtivos seguem padrões e normas internacionais.

O depoimento de Wesley Batista deixa claro, segundo os termos do Anexo 24 de sua colaboração, que o objetivo dos pagamentos era apenas remunerar os auditores pelas horas extras de trabalho na inspeção dos produtos de origem animal, uma vez que o Ministério da Agricultura não dispõe de número de auditores suficiente para inspecionar as empresas do setor durante todo o expediente de produção.

As informações ainda são sigilosas e os esclarecimentos estão sendo prestados diretamente à PGR”.

Com informações da Assessoria de Imprensa da ABPA e da JBS

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