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UE proíbe importação de 20 frigoríficos brasileiros

Escrito por: Priscila Beck
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Os Estados-membros da União Europeia (UE) decidiram nesta quinta-feira (19/4), por unanimidade, proibir as importações de produtos cárneos, principalmente aves, de 20 estabelecimentos brasileiros autorizados a exportar para o bloco europeu, segundo comunicado da Comissão Europeia. A informação foi divulgada pela Agência Reuters.

A medida foi adotada em razão de “deficiências detectadas no sistema de controle brasileiro oficial”, segundo a Comissão. A decisão entra em vigor 15 dias após sua publicação no diário oficial da UE. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a ação europeia atinge 12 unidades da BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão.

O vice-presidente de Mercados da ABPA, Ricardo Santin, disse à Reuters nesta quinta-feira que um total de nove empresas foram afetadas pelo descredenciamento da UE. De acordo com fonte da Agência com conhecimento do assunto, a decisão não afeta unidades da JBS, nem da Seara, marca controlada pela processadora de carne.

Na última terça-feira (17/4), o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, declarou que o Brasil irá recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC), contra a UE.

ABPA contratou a advogada Ana Teresa Caetano, do escritório Veirano Advogados, para a realização de estudos preparativos para o painel na OMCA entidade questiona especificamente os critérios determinados para os embarques de produtos salgados (com apenas 1,2% de sal adicionado), que são obrigados a cumprir critérios de análises para mais de 2,6 mil tipos de Salmonella, enquanto para ao produto in natura (sem sal adicionado) pesam apenas análises para dois tipos de Salmonella.

Procurada pela Reuters, a BRF não se manifestou sobre o assunto. A empresa encerrou 2017 com prejuízo líquido de cerca de 1 bilhão de reais e enfrenta na próxima semana assembleia de acionistas que deve ser marcada pela troca do conselho de administração, hoje presidido pelo empresário Abilio Diniz. Na véspera, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou que aceitou o convite de Diniz para ser indicado à presidência do conselho da BRF.

As ações da BRF subiam 2,9 por cento às 13h39, perdendo fôlego ante o pico de 10 por cento alcançado mais cedo, antes do anúncio da UE. Já os papéis da JBS tinham oscilação positiva de 0,1 por cento. Marfrig exibia queda de 1,7 por cento e a Minerva avançava 0,5 por cento. No mesmo horário, o Ibovespa tinha queda de 0,1 por cento.

Com informações da Agência Reuters

 

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