17 abr 2018

Brasil vai ingressar na OMC contra restrições da UE à carne de frango

“Estão aproveitando para nos tirar do mercado em nome da sanidade, o que não é verdadeiro”, afirma Maggi.

O Brasil irá recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC), contra a União Europeia (UE), pelo descredenciamento de frigoríficos da BRF como exportadores de carne de aves para países do bloco econômico. A informação foi divulgada na manhã desta terça-feira (17/4), pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, em entrevista coletiva à imprensa realizada em Brasília (DF).

Segundo ele, a decisão foi tomada no retorno da viagem que realizou a Bruxelas, onde defendeu a autoridades, como o comissário para a Agricultura e Desenvolvimento Rural da Comissão Europeia, Phil Hogan, a sanidade do produto brasileiro. De acordo com o ministro, trata-se de guerra comercial da UE.

“Estão aproveitando para nos tirar do mercado em nome da sanidade, o que não é verdadeiro”, afirmou Maggi.

A União Europeia está estendendo a todos os estabelecimentos da BRF, a suspensão da importação de carne de frango. Três frigoríficos da empresa já estavam com parte das exportações suspensas pelo próprio Mapa, depois que a Polícia Federal realizou operação envolvendo análises laboratoriais que atendiam à BRF.

Blairo Maggi lembrou que a preocupação alegada no bloco sobre a presença de Salmonella não tem justificativa técnica, uma vez que é possível exportar cortes de frango in natura para os países da comunidade europeia, com proibição para apenas dois tipos da bactéria, desde que seja paga tarifa adicional de 1.014 euros por tonelada.

O ministro destacou medidas adotadas pelo Ministério  para retirar qualquer influência política e dar maior transparência aos processos de fiscalização de um ano para cá.

O secretário de  Defesa Agropecuária do Mapa, Luis Rangel, disse que, apesar de a União Europeia ter aumentado para 100% a inspeção da carne de aves desde março do ano passado, o índice de alertas sobre a presença de Salmonella está no mesmo nível de um ano atrás, quando apenas 20% da carga era avaliada.

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Rangel disse que, uma vez que a carne de frango não é consumida crua, a presença de Salmonella não representa risco de afetar a saúde humana. Controles sobre presença de salmonela nas carnes de aves são estabelecidos pelo Mapa desde 2003, seguindo padrões internacionais, mediante o Programa de Redução de Patógenos Monitoramento Microbiológico e Controle de Salmonella em carcaças de frangos e perus.

Com informações da Assessoria de Imprensa do Mapa

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