“Agora, qualquer impacto positivo, seja de uma parceria, ou derivada dessa nova perspectiva de mercado sobre a China, vai ser usada para reduzir dívida”, destacou Parente ao Estadão. “Nós não vamos mudar a política de extremo rigor financeiro em função de um eventual resultado positivo por causa da questão chinesa”, completou.
27 maio 2019
BRF vê possibilidade de avanço no mercado asiático
Conteúdo disponível em: Español (Espanhol)Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, Pedro Parente, atual Presidente Executivo da BRF, […]
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Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, Pedro Parente, atual Presidente Executivo da BRF, maior exportadora de carne de frango do mundo, afirmou que a empresa pode avançar no mercado asiático. Segundo ele, a BRF também prioriza ter no mercado brasileiro a “espinha dorsal” de suas operações, além de explorar sua “força impressionante” no mercado halal.
Sobre o momento que vive a economia brasileira, Parente afirmou ao Estadão que a BRF está com a linha de produção adaptada à demanda. “Gerando margens crescentes em função do trabalho de repassar aos preços os custos que aumentaram ao longo do ano passado“, afirmou. “Além disso, como a BRF exporta cerca de 50% da produção, permite uma diversificação de risco que é extremamente importante para os nossos negócios“, completou, lembrando que o efeito China ainda não faz parte dessas contas.
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Sobre sua atuação à frente da BRF, Parente declarou ao Estadão que a “principal complexidade deriva do fato de ser uma cadeia longa“, já que o produto leva cerca de um ano para chegar à mesa do consumidor. “Estar na BRF é uma experiência extraordinária pela competência com a qual se lida com essa cadeia“, completou.
Segundo Parente sua entrada na BRF teve como objetivo resolver o problema de “governança” da empresa. Ele lembrou que no momento de sua chegada, “os principais acionistas estavam em disputa“.
“A empresa vivia uma série de problemas, alguns específicos da BRF e outros da indústria como um todo“, afirmou Parante ao Estadão. “O que nós procuramos fazer foi recompor o time de lideranças e um diagnóstico muito amplo de tudo que a empresa precisava para colocá-la nos trilhos“, completou.
Sobre sua transição da Presidência Executiva da BRF para o comando do conselho administrativo da empresa no próximo mês de junho, Parente afirma que após arrumada a casa, a empresa deve voltar a ter os “resultados positivos, margens melhores e pessoas alinhadas no conselho e na diretoria executiva“.
Já em relação às operações Carne Fraca e Trapaça desenvolvidas pela Polícia Federal brasileira, Parente afirmou que a BRF é a maior interessada “para que essas questões do passado sejam esclarecidas“.
“Definimos como um dos três valores fundamentais da empresa a integridade – os outros dois são segurança física das pessoas (funcionários ou não) e essa disposição da empresa de ter todas as questões esclarecidas e cooperar com as autoridades”, disse Parente.
Sobre o plano de desinvestimentos da BRF, Parente lembrou a venda, por inteiro, de operações na Argentina, na Europa e na Tailândia, destacando que não está descartadaa possibilidade de parcerias que permitam à BRF atuar no mercado prioritário, principalmente o halal.
Conteúdo extraído de entrevista publicada no jornal O Estado de SP de 26/05/2019