13 abr 2021

EUA passam a maior fornecedor de carne de frango para a China

Os EUA (Estados Unidos da América) passaram a maior fornecedor de carne de frango para a China, sendo responsáveis por […]

Os EUA (Estados Unidos da América) passaram a maior fornecedor de carne de frango para a China, sendo responsáveis por 40,6% das importações totais do país asiático. A informação consta do relatório mensal elaborado pelo Rabobank, referente às perspectivas de produção de alimentos e do agronegócio da China no mês de abril.

Segundo o documento, a China importou 231 mil toneladas de carne de frango nos primeiros dois meses de 2021, o que representa um aumento de 44,5% no período. Sendo responsáveis por fornecer 40,6% desse volume, os EUA superaram o Brasil, cuja participação caiu de mais de 70% há dois anos, para 39% hoje.

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EUA passam a maior fornecedor de carne de frango para a China

Dados divulgados essa semana pela ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), dão conta de que em março a China importou 55,6 mil toneladas de carne de frango do Brasil, volume 6,9% maior que o efetuado no mesmo período de 2020. No trimestre, as vendas para o mercado chinês alcançaram 148 mil toneladas, número 11,6% menor, comparado ao mesmo período do ano passado.

Segundo o relatório do Rabobank, enquanto os preços das aves vivas na China caíram 10% no início de abril, comparado ao início de março, o valor pago por um pintinho de um dia corresponde hoje a 500% do valor pago em janeiro. No primeiro trimestre de 2021, segundo o documento, o estoque reprodutivo do país aumentou em 30%.

A perspectiva do mercado avícola na China é de crescimento da produção, ficando o crescimento real sujeito à lucratividade no restante do ano. Os olhos do setor estão voltados às perspectivas de recuperação da demanda devido à melhora da situação da Covid-19 e aos fortes preços da carne suína, após o retorno dos surtos de Peste Suína Africana no país.

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Grãos Alternativos

Com base nos dados do USDA, a China já encomendou mais de 22 toneladas de milho norte-americano, embora a maioria ainda não tenha sido embarcada. A China também está importando grandes quantidades de grãos alternativos para ração, principalmente sorgo e cevada.

Além disso, o governo está abastecendo o mercado com trigo e arroz em casca por meio de leilão de reserva estadual. Até agora, 40 milhões de toneladas métricas de trigo e 5 milhões de toneladas de arroz em casca foram vendidas em 2020/21, a maioria substituindo o milho na ração animal.

Exportações brasileiras de carne de frango

As exportações brasileiras de carne de frango, considerando todos os produtos, entre in natura e processados, totalizaram 396 mil toneladas em março, segundo a ABPA. O número supera em 13,3% o total exportado no terceiro mês de 2020, com 349,5 mil toneladas. Em receita, os embarques de março alcançaram US$ 603,6 milhões, número 9,2% superior ao alcançado no terceiro mês do ano passado, com US$ 552,5 milhões. 

No trimestre, as exportações de carne de frango registraram alta acumulada de 1,44%, com 1.036 milhão de toneladas exportadas, contra 1,021 milhão de toneladas no mesmo período de 2020. Em receita, o saldo das exportações do setor alcançou US$ 1,559 bilhão, número 4,6% menor em relação ao mesmo período do ano anterior, com US$ 1,635 bilhão.

“O volume embarcado em março foi positivo e reverteu o desempenho do primeiro bimestre, mantendo as previsões de altas do setor produtivo para 2021”, analisa o diretor de mercados da ABPA, Luis Rua.

No Oriente Médio, com a maior alta registrada entre os mercados importadores de frango do Brasil, a Arábia Saudita, no segundo posto, importou 41,1 mil toneladas em março (+4%) e 120,8 mil toneladas no trimestre (+8,5%). Na África, a África do Sul (quarto maior destino) importou 29,9 mil toneladas em março (+36,3%) e 78,4 mil toneladas no trimestre (+31,9%).

Entre os estados, o Paraná segue como maior exportador de carne de frango do Brasil, com 419 mil toneladas embarcadas no primeiro trimestre, número 5,4% maior que o desempenho registrado no mesmo período de 2020.  Em seguida estão Santa Catarina, com 225,9 mil toneladas (-10,14%); e o Rio Grande do Sul, com 161,8 mil toneladas (-2,53%).

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