Desde o início de 2019, a OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) notificou 18 novos focos de Peste Suína Africana na China, que levaram cerca de 127 mil animais à morte, seja pela enfermidade, ou pela necessidade do abate sanitário. Considerando que o peso médio de abate de um suíno é de 120 kg, apenas com base nas notificações da OIE, seriam cerca de 15 mil toneladas de carne suína a menos no mercado chinês em 2019.
Em abril, frigoríficos brasileiros ganharam R$ 17,6 bi em valor de mercado
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Os frigoríficos brasileiros ganharam R$ 17,6 bilhões em valor de mercado, apenas em abril, segundo notícia veicula nesta quarta-feira (24/4) pelo Valor Econômico. Segundo o veículo de comunicação, o gatilho de compras foi disparado na bolsa na semana passada, quando o banco Morgan Stanley recomendou as ações de frigoríficos de maneira enfática, tendo como cenário o surto da Peste Suína Africana na China.
Até novembro de 2018, segundo informações da Consultoria Asia Brasil Agro Alliance, 600 mil cabeças de suínos haviam sido oficialmente abatidas, representando cerca de 4 milhões de toneladas a menos de carne suína no mercado. Especialistas do setor avaliam não há carne suína suficiente no mundo para cobrir esse espaço e, por isso, espera-se o avanço das carnes bovina e de aves.
Juntos, JBS, BRF, Marfrig e Minerva, que são os quatro frigoríficos brasileiros listados na bolsa, valiam R$ 85,8 bilhões na B3 no dia 23/4, segundo o Valor Econômico. Considerando que no final de março o valor de mercado dessas empresas era de R$ 68,2 bilhões, o crescimento foi de 26,8% em pouco mais de 20 dias.
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Em abril, a BRF, dona da Sadia e Perdigão, ganhou quase R$ 6 bilhões em valor de mercado, enquanto JBS, dona da Friboi e Seara, ganhou mais de R$ 10 bilhões na B3, segundo o VE.
No acumulado de 2019, o ganho dos quatro frigoríficos brasileiros foi de R$ 31,8 bilhões -, dos quais R$ 20 bilhões concentram-se apenas na JBS. No dia 23/4, a JBS fechou o pregão a R$ 19,72, segundo o VE, chegando ao maior patamar da história da empresa.
Também no dia 2/4, as ações da BRF voltaram ao patamar anterior à Operação Trapaça, que chegou a prender ex-executivos da BRF em março do ano passado. Ao Valor Econômico, o analista Leandro Fontanesi, do Bradesco BBI, avaliou que as ações da BRF têm potencial para subir mais e que o mercado ainda não precificou a redução de custos de produção no Brasil, devido à maior oferta de grãos para alimentação animal.
Com informações extraídas do Jornal Valor Econômico