A produção de carne de frango está em um grande momento no mundo, com crescimento consistente nos últimos anos, atendendo a um aumento de demanda de proteína de alta qualidade, com segurança alimentar, com grande flexibilidade e agilidade para atender as exigências de todos clientes e mercados no mundo.
É a consolidação global de uma cadeia altamente sustentável, consequência da evolução genética dos últimos anos associada à eficiência produtiva das empresas processadoras e dos produtores no campo. O baixo consumo de água na cadeia, a alta eficiência na conversão alimentar das aves com a produção do frango e ovos em pequenas áreas, com baixo custo de produção, ótimo rendimento no abatedouro, transformando os insumos vegetais em proteína animal no prato da população, garantindo saúde e segurança alimentar aos consumidores.
No mercado brasileiro, a carne de frango e a produção de ovos foram as proteínas que melhor se saíram durante o período de pandemia. Naquele momento também houve elevação dos custos e preço de venda da carne bovina, levando à um consumo positivo da carne de frango, chegando a valores próximos a 50kg por habitante.
O risco real atual, que o governo e as empresas devem gerenciar e se proteger, está relacionado à chegada da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade na América do Sul. Esse grande desafio deve seguir como o maior problema para a indústria em 2023.
Influenza Aviária
A Influenza Aviária (IA) sempre foi um risco associado à produção avícola global, gerando incerteza quanto ao comportamento dos clientes e países importadores quando ocorrem casos no país exportador.
Nos últimos anos, a grande maioria dos países tem se tornado mais conscientes quanto ao baixo risco associado a casos de Influenza em aves silvestres e de fundo de quintal, com um menor impacto no comércio global. Essa percepção de menor risco é ainda mais associada aos casos de Influenza Aviária de Baixa Patogenicidade (IABP) em aves silvestres.
O risco de atendimento aos mercados no caso de um surto em um país, em região distante de áreas produtoras, também deverá seguir se consolidando para que seja aceito o conceito de regionalização, zoneamento e, principalmente, compartimentalização. Isso permite a exportação a partir de áreas livres da doença, mesmo com casos em região geográfica distante da zona de produção.
Influenza Aviária de Alta Patogenicidade H5N1
Nos últimos anos, mais precisamente desde 2005, um vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade ...