O que é preciso saber sobre o MG
Uma das menores bactérias encontradas na natureza é a Mycoplasma gallisepticum, também conhecida como MG. Ela infecta as aves de forma horizontal, provocando grande prejuízo econômico nas granjas.
Isso porque a bactéria entra com facilidade pelas vias respiratórias superiores das aves e causa a micoplasmose, doença que afeta os sistemas respiratório e reprodutor, com perda de produção e qualidade dos ovos.
Em períodos secos e frios como o inverno, as aves estão mais suscetíveis aos problemas respiratórios, que podem evoluir para um quadro crônico da doença.
O que é preciso saber sobre o MG
MG é a sigla para Mycoplasma gallisepticum, uma das menores bactérias existentes na natureza e que causa a micoplasmose. O primeiro relato e descrição da doença em aves veio depois de um quadro de pneumonia em perus na Inglaterra, no ano de 1905.
A transmissão pode ser por via vertical ou horizontal.
⮚ Transmissão vertical: ocorre da reprodutora para a progênie, pelos ovos férteis contaminados.
⮚ Transmissão horizontal: ocorre da ave infectada ou doente para a saudável.
A horizontal é a principal via de disseminação da doença, pode acontecer por aerossóis, penas e até mesmo por meio de equipamentos ou pessoas. É assim que lotes negativos podem ser contaminados por lotes positivos — e por isso se fazem tão necessárias as medidas de isolamento e de higiene.
Como saber se minha granja tem presença de MG?
Os sinais clínicos mais fáceis de identificar são os relacionados ao comprometimento do sistema respiratório: tosse, espirros, sinusites, ronqueira, corrimento nasal e dificuldade respiratória.
Já os sinais que envolvem o sistema reprodutor são mais difíceis de visualizar, mas são eles que, silenciosamente, afetam a produção e qualidade da casca dos ovos.
O auxílio de um laboratório de patologia avícola é muito importante no diagnóstico da presença do MG nas aves.
Os impactos da micoplasmose no plantel
A micoplasmose acarreta em grande prejuízo econômico às granjas por reduzir a quantidade de ovos e piorar a qualidade da casca. Há uma perda de 10 a 15 ovos por ave alojada, no fim do ciclo de produção, pelo aumento de ovos sem cascas, de casca fina, trincados e quebrados — os chamados ovos de segunda linha.
Neste vídeo, você poderá acompanhar mais detalhes sobre como a MG desafia produtores de ovos comerciais e como a vacinação é uma forte aliada
Além disso, a doença causa lesão nos sacos aéreos e facilita a instalação de outras patologias: doença respiratória crônica (DRC), E.coli, BIG (Bronquite Infecciosa das Galinhas), Coriza, Pasteureloses, por exemplo.
O que fazer para blindar minha granja?
Há duas maneiras de coibir a presença e/ou proliferação do Mycoplasma gallisepticum nos plantéis. A primeira delas é o uso de antibióticos, mas a ação é limitada, curta e superficial.
Isso porque o MG consegue se alojar em locais nos quais o medicamento não chega, os sacos aéreos. O local é pouco vascularizado e, portanto, de baixo alcance dos antimicrobianos. Além disso, o uso frequente e indiscriminado de antibióticos pode induzir o desenvolvimento de resistência do MG e de outras bactérias a estes produtos.
A segunda — e mais eficaz — é a vacinação. Três tipos de vacinas estão disponíveis:
⮚ Vacinas vivas atenuadas: cepas de MG naturalmente atenuadas, que foram isoladas no campo e trabalhadas para uso como vacina.
⮚ Vacinas vivas recombinantes: aquelas que contêm a inserção de parte da estrutura do MG em um vetor viral vacinal.
⮚ Vacinas inativas: o MG é inativado e colocado em um veículo oleoso.
Qual vacina usar no meu plantel?
É cientificamente comprovado que a vacina com a cepa F é a que melhor protege as aves contra os altos desafios de campo por Mycoplasma gallisepticum. Ela induz a proteção da mucosa traqueal, dos sacos aéreos e do sistema reprodutivo, garantindo a produtividade das poedeiras.
Na Biocamp, desenvolvemos a CampVac® MG-F para utilização em planteis de poedeiras comerciais. A vacina promove a proteção do plantel da granja, com diminuição de sinais respiratórios e estabilidade na produção por longos períodos.
Os melhores resultados são obtidos quando o imunizante é administrado preferencialmente via ocular, com uma ou duas doses na fase de recria — entre 5 e 12 semanas de idade, antes da infecção dos lotes. A vacina também pode ser administrada via spray, porém requer maiores cuidados na aplicação. A via água de bebida deve ser evitada.
Para controle da micoplasmose em poedeiras comerciais, um programa de biosseguridade e a imunização pela CampVac® MG-F é fundamental. Assim, as aves se mantêm saudáveis — bem como a sua produtividade em alta. Fale com a Biocamp!
Assine agora a melhor revista técnica sobre avicultura
AUTORES
Como as estratégias de marketing estão revolucionando a avicultura de postura
André CarvalhoComo falar de bem-estar de embriões de pintos de um dia na produção de frangos de corte?
Iran José Oliveira da Silva Jumara Coelho Ticiano Sérgio Luiz de Castro JúniorDemanda crescente e sustentabilidade do ovo impulsionam o mercado brasileiro
Tabatha LacerdaManejo e fisiologia das aves frente o calor extremo
C. C. PASSINHO N. B. MERCÊSImpacto da coccidiose em aves: apoio a medidas de controle
Marcelo HidalgoSustentabilidade na produção de aves através do uso eficiente de dejetos da avicultura
Equipe Técnica ZucamiVocê sabe o que é abate Halal?
Dra. Soha ChabrawiSIAVS: ponto de encontro da proteína animal para o mundo
10 fatores inegociáveis para o controle de cascudinhos em granjas avícolas
Alison Turcatel Luiz Eduardo Takano Roney da Silva SantosincubaFORUM reúne mais de 400 pessoas no SIAVS 2024
Inata marca presença no SIAVS com maior estande da sua história e novidades no time
Estratégias de controle de temperatura e ventilação para o frango de corte
José Luis Januário Lucas Volnei SchneiderArtrite e suas causas multifatoriais em frangos de corte – Parte 1
Cláudia Balzan Eduarda da SilvaComo a avicultura de postura pode se profissionalizar e gerar renda para o pequeno produtor
Kariny MoreiraComo melhorar a rentabilidade na produção de frangos de corte
Patrícia MarchizeliQual é a relação entre a saúde do fígado e a produtividade?
MVZ Luisa F. Rivera G.Vacina INNOVAX® ND-IBD promove melhor resposta sorológica nas aves
Ana Paula FernandesBiochem lança programa de saúde intestinal para avicultura
Equipe Técnica BiochemMachos reprodutores: como obter bons indicadores de fertilidade na fase de recria
Cidimar Trevisan Eduardo Kohl Marcel PachecoEnfrentando o desafio do Enterococcus cecorum: Soluções nutricionais e sanitárias para a resistência das aves
Equipe Técnica AdisseoManejo alimentar
Equipe Técnica H&N