29 jul 2021

Mycoplasma gallisepticum: conheça melhor essa doença tão prejudicial às granjas

Uma das menores bactérias encontradas na natureza é a Mycoplasma gallisepticum, também conhecida como MG. Ela infecta as aves de […]

Available in other languages:

Uma das menores bactérias encontradas na natureza é a Mycoplasma gallisepticum, também conhecida como MG. Ela infecta as aves de forma horizontal, provocando grande prejuízo econômico nas granjas.

Isso porque a bactéria entra com facilidade pelas vias respiratórias superiores das aves e causa a micoplasmose, doença que afeta os sistemas respiratório e reprodutor, com perda de produção e qualidade dos ovos.

Em períodos secos e frios como o inverno, as aves estão mais suscetíveis aos problemas respiratórios, que podem evoluir para um quadro crônico da doença.

O que é preciso saber sobre o MG

MG é a sigla para Mycoplasma gallisepticum, uma das menores bactérias existentes na natureza e que causa a micoplasmose. O primeiro relato e descrição da doença em aves veio depois de um quadro de pneumonia em perus na Inglaterra, no ano de 1905.

A transmissão pode ser por via vertical ou horizontal.

Continue após a publicidade.

Transmissão vertical: ocorre da reprodutora para a progênie, pelos ovos férteis contaminados.
Transmissão horizontal: ocorre da ave infectada ou doente para a saudável.

A horizontal é a principal via de disseminação da doença, pode acontecer por aerossóis, penas e até mesmo por meio de equipamentos ou pessoas. É assim que lotes negativos podem ser contaminados por lotes positivos — e por isso se fazem tão necessárias as medidas de isolamento e de higiene.

Como saber se minha granja tem presença de MG?

Os sinais clínicos mais fáceis de identificar são os relacionados ao comprometimento do sistema respiratório: tosse, espirros, sinusites, ronqueira, corrimento nasal e dificuldade respiratória.

Já os sinais que envolvem o sistema reprodutor são mais difíceis de visualizar, mas são eles que, silenciosamente, afetam a produção e qualidade da casca dos ovos.

O auxílio de um laboratório de patologia avícola é muito importante no diagnóstico da presença do MG nas aves.

Os impactos da micoplasmose no plantel

A micoplasmose acarreta em grande prejuízo econômico às granjas por reduzir a quantidade de ovos e piorar a qualidade da casca. Há uma perda de 10 a 15 ovos por ave alojada, no fim do ciclo de produção, pelo aumento de ovos sem cascas, de casca fina, trincados e quebrados — os chamados ovos de segunda linha.

Neste vídeo, você poderá acompanhar mais detalhes sobre como a MG desafia produtores de ovos comerciais e como a vacinação é uma forte aliada

Além disso, a doença causa lesão nos sacos aéreos e facilita a instalação de outras patologias: doença respiratória crônica (DRC), E.coli, BIG (Bronquite Infecciosa das Galinhas), Coriza, Pasteureloses, por exemplo.

O que fazer para blindar minha granja?

Há duas maneiras de coibir a presença e/ou proliferação do Mycoplasma gallisepticum nos plantéis. A primeira delas é o uso de antibióticos, mas a ação é limitada, curta e superficial.

Isso porque o MG consegue se alojar em locais nos quais o medicamento não chega, os sacos aéreos. O local é pouco vascularizado e, portanto, de baixo alcance dos antimicrobianos. Além disso, o uso frequente e indiscriminado de antibióticos pode induzir o desenvolvimento de resistência do MG e de outras bactérias a estes produtos.

A segunda — e mais eficaz — é a vacinação. Três tipos de vacinas estão disponíveis:

Vacinas vivas atenuadas: cepas de MG naturalmente atenuadas, que foram isoladas no campo e trabalhadas para uso como vacina.
Vacinas vivas recombinantes: aquelas que contêm a inserção de parte da estrutura do MG em um vetor viral vacinal.
Vacinas inativas: o MG é inativado e colocado em um veículo oleoso.

Qual vacina usar no meu plantel?

É cientificamente comprovado que a vacina com a cepa F é a que melhor protege as aves contra os altos desafios de campo por Mycoplasma gallisepticum. Ela induz a proteção da mucosa traqueal, dos sacos aéreos e do sistema reprodutivo, garantindo a produtividade das poedeiras.

Na Biocamp, desenvolvemos a CampVac® MG-F para utilização em planteis de poedeiras comerciais. A vacina promove a proteção do plantel da granja, com diminuição de sinais respiratórios e estabilidade na produção por longos períodos.

Os melhores resultados são obtidos quando o imunizante é administrado preferencialmente via ocular, com uma ou duas doses na fase de recria — entre 5 e 12 semanas de idade, antes da infecção dos lotes. A vacina também pode ser administrada via spray, porém requer maiores cuidados na aplicação. A via água de bebida deve ser evitada.

Para controle da micoplasmose em poedeiras comerciais, um programa de biosseguridade e a imunização pela CampVac® MG-F é fundamental. Assim, as aves se mantêm saudáveis — bem como a sua produtividade em alta. Fale com a Biocamp!

 

Relacionado com Patologia e Saúde Animal

MAIS CONTEÚDOS DE

Mycoplasma gallisepticum: conheça melhor essa doença tão prejudicial às granjas Dados da empresa

REVISTA AVINEWS BRASIL
ISSN 2965-341X

Assine agora a melhor revista técnica sobre avicultura

EDIÇÃO aviNews Brasil 4TRI 2024
Imagen Revista Nivalenol, uma micotoxina emergente que aumenta a complexidade do controle do desoxinivalenol (DON)

Nivalenol, uma micotoxina emergente que aumenta a complexidade do controle do desoxinivalenol (DON)

Augusto Heck
Imagen Revista Estratégias nutricionais para fertilidade de machos reprodutores

Estratégias nutricionais para fertilidade de machos reprodutores

Brunna Garcia
Imagen Revista Saúde intestinal – parasitoses internas e seu desafio na produção em sistemas alternativos 

Saúde intestinal – parasitoses internas e seu desafio na produção em sistemas alternativos 

Equipe Técnica H&N
Imagen Revista Manter o atual status sanitário, equilíbrio nos custos de produção e sustentabilidade serão decisivos para a avicultura brasileira em 2025

Manter o atual status sanitário, equilíbrio nos custos de produção e sustentabilidade serão decisivos para a avicultura brasileira em 2025

Paulo Teixeira
Imagen Revista Vacinação contra Salmonella em aves de postura comercial e a relação com índices zootécnicos

Vacinação contra Salmonella em aves de postura comercial e a relação com índices zootécnicos

Daniela Duarte de Oliveira
Imagen Revista A influência da dieta maternal sobre o desempenho de frangos de corte

A influência da dieta maternal sobre o desempenho de frangos de corte

Vinicius Santos Moura
Imagen Revista Ácidos orgânicos no período de jejum pré-abate de frangos. Uma estratégia de suporte para diminuir as contaminações por enteropatógenos

Ácidos orgânicos no período de jejum pré-abate de frangos. Uma estratégia de suporte para diminuir as contaminações por enteropatógenos

Fabrizio Matté Luiz Eduardo Takano Patrick Iury Roieski
Imagen Revista Estratégia nutricional para melhor qualidade de casca de ovos: uso de minerais orgânicos

Estratégia nutricional para melhor qualidade de casca de ovos: uso de minerais orgânicos

Equipe Técnica Biochem
Imagen Revista Importância dos pesos iniciais para o desempenho dos frangos de corte

Importância dos pesos iniciais para o desempenho dos frangos de corte

José Luis Januário Lucas Volnei Schneider
Imagen Revista Recomendações técnicas para sanitizar ovos incubáveis de galinha

Recomendações técnicas para sanitizar ovos incubáveis de galinha

Dr. Vinícius Machado dos Santos Gabriel da Silva Oliveira
Imagen Revista Qual o melhor plano nutricional para codornas europeias?

Qual o melhor plano nutricional para codornas europeias?

Adiel Vieira de Lima Aline Beatriz Rodrigues Dr. Fernando Perazzo Matheus Ramalho de Lima Paloma Eduarda Lopes de Souza
Imagen Revista Perspectivas de recordes para a avicultura brasileira

Perspectivas de recordes para a avicultura brasileira

Ricardo Santin
Imagen Revista Artrite e suas causas multifatoriais em frangos de corte – Parte 2

Artrite e suas causas multifatoriais em frangos de corte – Parte 2

Cláudia Balzan Eduarda da Silva
Imagen Revista Cobre e suas funções em dieta das galinhas poedeiras: vantagens da forma quelatada

Cobre e suas funções em dieta das galinhas poedeiras: vantagens da forma quelatada

Tatiana Carlesso dos Santos Vinício dos Santos Cardoso
Imagen Revista Machos reprodutores: como obter bons indicadores de fertilidade na fase de produção

Machos reprodutores: como obter bons indicadores de fertilidade na fase de produção

Cidimar Trevisan Eduardo Kohl Marcel Pacheco
Imagen Revista Modelagem matemática com a equação de Gompertz e suas aplicações no crescimento de frangos de corte

Modelagem matemática com a equação de Gompertz e suas aplicações no crescimento de frangos de corte

Juan Gabriel Espino

JUNTE-SE À NOSSA COMUNIDADE AVÍCOLA

Acesso a artigos em PDF
Mantenha-se atualizado com nossas newsletters
Receba a revista gratuitamente em versão digital

DESCUBRA
AgriFM - Os podcasts do setor agrícola em português
agriCalendar - O calendário de eventos do mundo agrícolaagriCalendar
agrinewsCampus - Cursos de formação para o setor agrícola e da pecuária