Patologia e Saúde Animal

Novas vacinas contra as principais doenças respiratórias trazem maior segurança e proteção

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Filipe Fernando

Filipe Fernando

Tobias Filho

Tobias Filho

Há 90 anos a bronquite infecciosa das aves foi descrita pela primeira vez por Schalk e Hawn. Cinco anos depois, a causa da doença foi associada ao vírus da bronquite infecciosa (VBI).

Esse vírus adquire grande relevância devido à importância econômica que pode estar associada a casos da doença, bem como por seu potencial de ampla disseminação entre as criações avícolas.

doenças respiratóriasOs estudos mais recentes no Brasil relacionados ao impacto econômico causado pelo VBI, demonstraram que:

A Bronquite Infecciosa levou:

à perda de 5,6 pintos por matriz alojada,

aumento na conversão alimentar de 67 a 94 gramas,

o impacto econômico variou entre 3,56 a 8,46 dólares para cada 1.000 frangos.

Segundo Fernando et al., 2016, houve ainda diferença no impacto econômico relacionada ao nível de biosseguridade das granjas.

vacinas doenças respiratóriasHá mais de 60 anos, a primeira vacina contra a bronquite infecciosa foi produzida a partir da atenuação de uma cepa patogênica em ovos embrionados.

A inoculação, coleta e reinoculação repetida 120 vezes, deu origem à cepa vacinal que conhecemos hoje como H120, onde a letra ‘‘H’’ representa o nome do produtor (Huyben) no qual o vírus foi isolado.

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Sem dúvida o advento da vacinação com H120 tornou a avicultura mais preparada para os desafios pelo VBI.

Aproximadamente 20 anos após a invenção da H120, a mais ou menos 40 anos atrás, surge a cepa vacinal Ma5, que diferente da H120, foi atenuada através de passagens em cultivo celular.

vacinas doenças respiratóriasEsses dois imunógenos fizeram e fazem grande diferença no Brasil e no mundo, sendo responsáveis pela proteção das aves contra cepas homólogas e de algumas vezes heterólogas.

No entanto, algumas características da sua origem ainda são mantidas, o que podemos chamar de efeito patogênico residual, que se trata de resquícios da agressividade do vírus ancestral, aquele vírus agressivo antes de ser submetido a passagens em ovos embrionados ou em cultivo celular.

UMA NOVA HISTÓRIA

E é por pensarmos diferente e inovarmos em todas as áreas, que estamos diante de uma nova história, trazendo o novo após décadas do uso das mesmas ferramentas contra a bronquite infecciosa.

A primeira vacina do genótipo Massachusetts naturalmente atenuada: a Volvac® IB Fit.

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Novas vacinas contra as principais doenças respiratórias trazem maior segurança e proteção

A Volvac® IB Fit é composta por uma cepa geneticamente diferente das vacinas convencionais (Figura 1), que dá a ela uma característica de:

rápida replicação (Figura 2),

menor efeito colateral residual,

menor competição com vacinas variantes e

mais versatilidade, por poder ser aplicada em qualquer idade, tipo de produção e programa vacinal.

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Figura 1. “Maximum Parsimony Analysis” do grupo genético Massachusetts do vírus da bronquite infecciosa. Adoção da premissa mais simples nos dados de interpretação.

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Figura 2. A VOLVAC® IB Fit induz rápida imunidade e deixa o sítio de replicação, causando menores efeitos de ciliostase e rolagem viral. Aos 14 dias pós vacinação, ela induziu a imunidade e deixou a traqueia, enquanto a vacina concorrente continua no sítio de replicação e causando efeitos colaterais

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Novas vacinas contra as principais doenças respiratórias trazem maior segurança e proteção

CONTROLE DA BRONQUITE INFECCIOSA

O único meio prático de controlar a bronquite infecciosa é a vacinação, principalmente em regiões endêmicas, podendo as vacinas serem vivas ou inativadas.

Os programas de vacinação podem variar de um país para outro, ou mesmo de uma criação para outra dentro do mesmo país, dependendo das condições locais o do levantamento das principais estirpes relatadas como circulantes.

vacinas doenças respiratóriasNo Brasil, a escolha do programa vacinal deve ser baseada no status epidemiológico da região.

Esse status é invariavelmente realizado a partir de análises laboratoriais para detecção e identificação genética dos vírus circulantes.

Os protocolos vacinais são compostos por vacinas vivas atenuadas do genótipo Massachusetts e do genótipo brasileiro BR.

É indicado que a cepa Massachusetts sempre componha o programa vacinal com vacinas vivas, bem como a estirpe BR nas regiões que possuam o vírus do genótipo brasileiro e que estes estejam realmente envolvidos em desafios e manifestação clínica.

VACINAÇÃO COMBINADA

Kasmanas, 2018, demonstrou que a vacinação combinada (Massachusetts + BR) conferiu uma maior imunoproteção caracterizada por menores:

escores de ciliostase traqueal,

lesões microscópicas,

carga viral e

persistência após o desafio homólogo com estirpe BR-1.

No entanto, houve uma imunoproteção parcial contra a estirpe virulenta BR-1 nos grupos mono vacinados, ou seja, naqueles que receberam apenas a vacina BR-1 ou a vacina Massachusetts.

Ainda mais interessante, o trabalho demonstra que não houve proteção relevante para as aves vacinadas somente com a estirpe BR-1 após o desafio com a estirpe virulenta Massachusetts.

Na conclusão desse trabalho, o protocolo vacinal que combinou as vacinas atenuadas BR-1 e Massachusetts pode ser utilizado, de forma bem-sucedida, para induzir em frangos de corte de criações comerciais respostas imuno protetoras mais eficazes contra estirpes variantes brasileiras (BR-1) e Massachusetts do VBI.

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Tabela 1. Porcentagem de proteção dos diferentes grupos vacinados frente ao desafio com estirpes homólogas ou heterólogas de acordo com o proposto por Cook et al., 1999 (Kasmanas, 2018).

A escolha de vacinas da estirpe Massachusetts que possuam menores efeitos colaterais, como reações respiratórias nos primeiros dias pós vacinação, é recomendada.

Sabe-se que apesar das estirpes Massachusetts possuírem alta identidade genética entre elas, algumas características biológicas são diferentes, como:

vacinas doenças respiratóriasa velocidade de replicação,

ciliostase e

reações vacinais.

Um estudo feito pelo LANAGRO, o laboratório oficial associado ao MAPA, mostrou que 60% das vacinas Massachussets (H120 e Ma5) testadas em aves, apresentaram menor ganho de peso.

Assim, faz-se necessário não apenas o desenvolvimento de vacinas baseadas no genótipo BR, mas também a atualização e a confecção da próxima geração das vacinas Massachusetts, visando principalmente:

a eficiência na combinação com as estirpes BR e

menores efeitos colaterais das vacinas atuais.

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Tabela 2. Porcentagem de proteção dos diferentes grupos vacinados frente ao desafio com estirpes homólogas ou heterólogas de acordo com o proposto por Cook et al., 1999 (Kasmanas, 2018)

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É por isso tudo que a Volvac® IB Fit chegou. Segurança, proteção e versatilidade!

DOENÇA DE NEWCASTLE

Outro importante patógeno respiratório é o vírus da doença de Newcastle.

Embora todas as cepas pertençam ao mesmo sorotipo, as estirpes, subdivididas em 21 genótipos, podem ser classificadas em cinco patotipos:

velogênico viscerotrópico,

velogênico neurotrópico,

mesogênico,

lentogênico ou

assintomático.

Entre os desafios do enfrentamento a Doença de Newcastle estão:

a grande variabilidade entre os diferentes isolados,

a relativa facilidade na conversão de cepas de baixa virulência para de alta virulência,

a grande quantidade de reservatórios animais para vírus de baixa virulência e

as muitas doses de vacinas vivas atenuadas atualmente utilizadas, que contribuem para o aumento da carga viral ambiental, consequentemente favorecendo manifestações clínicas e subclínicas.

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MEDIDAS DE CONTROLE

As medidas de controle para o NDV têm como base a biosseguridade, prevenindo o contato das aves com fontes de vírus e a adoção de um programa de vacinação adequado.
vacinas doenças respiratóriasUm bom programa vacinal deve buscar a uniformidade da vacinação e a redução da carga viral no ambiente.

Para a melhor resposta imunológica a um programa vacinal deve-se levar em conta a semelhança entre cepas vacinais e as cepas circulantes.

Quanto mais semelhantes forem as cepas vacinais com os vírus no ambiente, melhor será a resposta de proteção a infecções.

Dentre as diferentes cepas utilizadas nas vacinas, o genótipo IV é o que mais se assemelha em identidade de proteína F às outras estirpes dos 21 genótipos de vírus de Newcastle,

apresentando identidade 92% maior, quando comparado aos genótipos I e II, comuns na maioria das vacinas disponíveis no mercado.

Ou seja, a resposta imunológica contra a proteína F do NDV genótipo IV será mais eficiente na proteção contra os vírus circulantes quando comparado a resposta por outros genótipos.

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Novas vacinas contra as principais doenças respiratórias trazem maior segurança e proteção

Dentre as vacinas vetorizadas que expressam a proteína F em um vetor HVT a Newxxitek® HVT+ND é a única que expressa a proteína do genótipo IV. Portanto, com melhor resposta imunológica de proteção aos desafios clínicos e subclínicos e não só a vírus velogênicos.

A segurança conferida pelo vetor HVT presente na Newxxitek® HVT+ND, de mais rápida replicação quando comparado aos demais, traz grandes vantagens para a melhor eficiência da Newxxitek HVT+ND porque:

Além de viabilizar a aplicação em massa, garantindo a administração individual,

Uniformizar a vacinação nos plantéis e

Atingir a proteção precoce,

Não sofre interferência de anticorpos maternos e

Tem longa persistência da resposta com apenas uma dose no incubatório,

Sem produzir os efeitos secundários que possam interferir na produção, como os resultantes de vacinação tradicional

Newxxitek® HVT+ND é a única vacina do mercado expressando o gene da proteína F de um vírus velogênico do genótipo IV.

Além de trazer a expertise em construção de vacinas vetorizadas, já conhecidos na Vaxxitek® HVT+IBD, como a proteção mais rápida para doença de Marek, a Newxxitek® HVT+ND combina:

A conveniência da administração única em incubatório (in ovo ou subcutânea) com

A proteção de longo prazo conferida pela replicação do vetor HVT.

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Novas vacinas contra as principais doenças respiratórias trazem maior segurança e proteção

Além disso, com a Newxxitek® HVT+ND é possível diferenciar as aves vacinadas das infectadas por vírus de campo, benefício diagnóstico que só a Boehringer Ingelheim, que conta com uma técnica específica, pode oferecer.

Newxxitek® HVT+ND é a vacina vetorizada para controle da doença de Newcastle ideal na proteção precoce e contra os desafios, tanto mais leves, como mais agressivos.

Referências Bibliográficas disponíveis para consulta junto aos autores.

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