Patologia e Saúde Animal
Para ler mais conteúdo de aviNews Brasil Abril 2021
Há 90 anos a bronquite infecciosa das aves foi descrita pela primeira vez por Schalk e Hawn. Cinco anos depois, a causa da doença foi associada ao vírus da bronquite infecciosa (VBI).
Esse vírus adquire grande relevância devido à importância econômica que pode estar associada a casos da doença, bem como por seu potencial de ampla disseminação entre as criações avícolas.
A Bronquite Infecciosa levou:
à perda de 5,6 pintos por matriz alojada,
aumento na conversão alimentar de 67 a 94 gramas,
o impacto econômico variou entre 3,56 a 8,46 dólares para cada 1.000 frangos.
Segundo Fernando et al., 2016, houve ainda diferença no impacto econômico relacionada ao nível de biosseguridade das granjas.
A inoculação, coleta e reinoculação repetida 120 vezes, deu origem à cepa vacinal que conhecemos hoje como H120, onde a letra ‘‘H’’ representa o nome do produtor (Huyben) no qual o vírus foi isolado.
Sem dúvida o advento da vacinação com H120 tornou a avicultura mais preparada para os desafios pelo VBI.
Aproximadamente 20 anos após a invenção da H120, a mais ou menos 40 anos atrás, surge a cepa vacinal Ma5, que diferente da H120, foi atenuada através de passagens em cultivo celular.
No entanto, algumas características da sua origem ainda são mantidas, o que podemos chamar de efeito patogênico residual, que se trata de resquícios da agressividade do vírus ancestral, aquele vírus agressivo antes de ser submetido a passagens em ovos embrionados ou em cultivo celular.
UMA NOVA HISTÓRIA
E é por pensarmos diferente e inovarmos em todas as áreas, que estamos diante de uma nova história, trazendo o novo após décadas do uso das mesmas ferramentas contra a bronquite infecciosa.
A primeira vacina do genótipo Massachusetts naturalmente atenuada: a Volvac® IB Fit.
A Volvac® IB Fit é composta por uma cepa geneticamente diferente das vacinas convencionais (Figura 1), que dá a ela uma característica de:
rápida replicação (Figura 2),
menor efeito colateral residual,
menor competição com vacinas variantes e
mais versatilidade, por poder ser aplicada em qualquer idade, tipo de produção e programa vacinal.
CONTROLE DA BRONQUITE INFECCIOSA
O único meio prático de controlar a bronquite infecciosa é a vacinação, principalmente em regiões endêmicas, podendo as vacinas serem vivas ou inativadas.
Os programas de vacinação podem variar de um país para outro, ou mesmo de uma criação para outra dentro do mesmo país, dependendo das condições locais o do levantamento das principais estirpes relatadas como circulantes.
No Brasil, a escolha do programa vacinal deve ser baseada no status epidemiológico da região.
Esse status é invariavelmente realizado a partir de análises laboratoriais para detecção e identificação genética dos vírus circulantes.
Os protocolos vacinais são compostos por vacinas vivas atenuadas do genótipo Massachusetts e do genótipo brasileiro BR.
É indicado que a cepa Massachusetts sempre componha o programa vacinal com vacinas vivas, bem como a estirpe BR nas regiões que possuam o vírus do genótipo brasileiro e que estes estejam realmente envolvidos em desafios e manifestação clínica.
VACINAÇÃO COMBINADA
Kasmanas, 2018, demonstrou que a vacinação combinada (Massachusetts + BR) conferiu uma maior imunoproteção caracterizada por menores:
lesões microscópicas,
carga viral e
persistência após o desafio homólogo com estirpe BR-1.
No entanto, houve uma imunoproteção parcial contra a estirpe virulenta BR-1 nos grupos mono vacinados, ou seja, naqueles que receberam apenas a vacina BR-1 ou a vacina Massachusetts.
Ainda mais interessante, o trabalho demonstra que não houve proteção relevante para as aves vacinadas somente com a estirpe BR-1 após o desafio com a estirpe virulenta Massachusetts.
Na conclusão desse trabalho, o protocolo vacinal que combinou as vacinas atenuadas BR-1 e Massachusetts pode ser utilizado, de forma bem-sucedida, para induzir em frangos de corte de criações comerciais respostas imuno protetoras mais eficazes contra estirpes variantes brasileiras (BR-1) e Massachusetts do VBI.
A escolha de vacinas da estirpe Massachusetts que possuam menores efeitos colaterais, como reações respiratórias nos primeiros dias pós vacinação, é recomendada.
Sabe-se que apesar das estirpes Massachusetts possuírem alta identidade genética entre elas, algumas características biológicas são diferentes, como:
a velocidade de replicação,
ciliostase e
reações vacinais.
Um estudo feito pelo LANAGRO, o laboratório oficial associado ao MAPA, mostrou que 60% das vacinas Massachussets (H120 e Ma5) testadas em aves, apresentaram menor ganho de peso.
Assim, faz-se necessário não apenas o desenvolvimento de vacinas baseadas no genótipo BR, mas também a atualização e a confecção da próxima geração das vacinas Massachusetts, visando principalmente:
menores efeitos colaterais das vacinas atuais.
É por isso tudo que a Volvac® IB Fit chegou. Segurança, proteção e versatilidade!
DOENÇA DE NEWCASTLE
Outro importante patógeno respiratório é o vírus da doença de Newcastle.
Embora todas as cepas pertençam ao mesmo sorotipo, as estirpes, subdivididas em 21 genótipos, podem ser classificadas em cinco patotipos:
velogênico viscerotrópico,
velogênico neurotrópico,
mesogênico,
lentogênico ou
assintomático.
Entre os desafios do enfrentamento a Doença de Newcastle estão:
a relativa facilidade na conversão de cepas de baixa virulência para de alta virulência,
a grande quantidade de reservatórios animais para vírus de baixa virulência e
as muitas doses de vacinas vivas atenuadas atualmente utilizadas, que contribuem para o aumento da carga viral ambiental, consequentemente favorecendo manifestações clínicas e subclínicas.
MEDIDAS DE CONTROLE
Para a melhor resposta imunológica a um programa vacinal deve-se levar em conta a semelhança entre cepas vacinais e as cepas circulantes.
Quanto mais semelhantes forem as cepas vacinais com os vírus no ambiente, melhor será a resposta de proteção a infecções.
apresentando identidade 92% maior, quando comparado aos genótipos I e II, comuns na maioria das vacinas disponíveis no mercado.
Ou seja, a resposta imunológica contra a proteína F do NDV genótipo IV será mais eficiente na proteção contra os vírus circulantes quando comparado a resposta por outros genótipos.
Dentre as vacinas vetorizadas que expressam a proteína F em um vetor HVT a Newxxitek® HVT+ND é a única que expressa a proteína do genótipo IV. Portanto, com melhor resposta imunológica de proteção aos desafios clínicos e subclínicos e não só a vírus velogênicos.
A segurança conferida pelo vetor HVT presente na Newxxitek® HVT+ND, de mais rápida replicação quando comparado aos demais, traz grandes vantagens para a melhor eficiência da Newxxitek HVT+ND porque:
Além de viabilizar a aplicação em massa, garantindo a administração individual,
Uniformizar a vacinação nos plantéis e
Atingir a proteção precoce,
Não sofre interferência de anticorpos maternos e
Tem longa persistência da resposta com apenas uma dose no incubatório,
Sem produzir os efeitos secundários que possam interferir na produção, como os resultantes de vacinação tradicional
Newxxitek® HVT+ND é a única vacina do mercado expressando o gene da proteína F de um vírus velogênico do genótipo IV.
Além de trazer a expertise em construção de vacinas vetorizadas, já conhecidos na Vaxxitek® HVT+IBD, como a proteção mais rápida para doença de Marek, a Newxxitek® HVT+ND combina:
A conveniência da administração única em incubatório (in ovo ou subcutânea) com
A proteção de longo prazo conferida pela replicação do vetor HVT.
Além disso, com a Newxxitek® HVT+ND é possível diferenciar as aves vacinadas das infectadas por vírus de campo, benefício diagnóstico que só a Boehringer Ingelheim, que conta com uma técnica específica, pode oferecer.
Newxxitek® HVT+ND é a vacina vetorizada para controle da doença de Newcastle ideal na proteção precoce e contra os desafios, tanto mais leves, como mais agressivos.
Referências Bibliográficas disponíveis para consulta junto aos autores.