O conceito de imunidade cruzada aplicado às vacinas aviárias
O conceito de imunidade cruzada aplicado às vacinas aviárias
O veterinário que trabalha com avicultura deve usar os conceitos da imunologia para construir programas de vacinação e de monitoramento cada vez mais adequados ao desafio de campo. Nesse aspecto, é importante compreender do que depende a imunidade cruzada das vacinas.
Mas a proteção cruzada dependerá de vários fatores. O primeiro deles é a complexidade genética e a diversidade do microrganismo que causa a doença. Existem microrganismos que possuem a característica de realizar mutações frequentes nas estruturas antigênicas, o que dificulta o reconhecimento do antígeno (corpo estranho). Quanto maior for a capacidade do agente etiológico de realizar mutações, maior será a dificuldade da vacina em conferir proteção cruzada.
Uma dica bastante prática para entender a diversidade genética que existe entre os agentes etiológicos da avicultura é observar se nos testes de soroaglutinação há a presença de vários sorotipos. Quando a diversidade genética é alta, existe a tendência de haver mais de um sorotipo e, portanto, há uma tendência de maior dificuldade de proteção cruzada. Por outro lado, existem agentes etiológicos que ocorrem em apenas um único sorotipo patogênico. Um exemplo disso, é a Doença de Gumboro, na qual todos os vírus patogênicos são do sorotipo 1. Neste caso, podemos esperar uma maior proteção cruzada entre as vacinas e as diversas estirpes de campo, pois ambos são antigenicamente semelhantes.
A tabela abaixo classifica importantes agentes etiológicos da avicultura entre aqueles com proteção cruzada entre diferentes cepas/sorovares/genótipos:
Dessa forma, entender a característica do agente etiológico quanto à sua diversidade é um ponto chave dentro dos programas de prevenção. Não é realista apresentar programas de vacinação rígidos para serem adotados em todos os casos. As realidades de campo são muito diversas.
É preciso analisar as condições específicas do desafio de doenças em cada local antes de definir o programa de vacinação. Por esse motivo, os programas são apresentados como sugestões, com algumas variações possíveis.
*Eduardo Muniz, Gerente de Serviços Técnicos e de pesquisa aplicada da divisão de Aves da Zoetis
Assine agora a melhor revista técnica sobre avicultura
AUTORES
Proteção da progênie para salmonelas paratíficas: a influência da imunização de matrizes pesadas com vacina de subunidade via água de bebida
Alceu Kazuo Hirata Carlos A. Dalle MoleGranjas avícolas devem atualizar planos de contingência para Influenza Aviária
Priscila BeckFermentação de polissacarídeos não amiláceos e sua aplicação na nutrição de aves
Alexandre Barbosa de Brito Miliane Alves da CostaVacina inativada NOBILIS® RT+IBMULTI+G+ND: detalhes que fazem toda a diferença
Simone MartinsOpinião do Especialista: Aproveitamento eficiente de créditos tributários
Arnibo Braatz JúniorNanotecnologia: a próxima revolução da indústria avícola e do agronegócio
Ronise Faria Rohde DepnerConheça o mais novo membro da Família Zoetis – A proteção precoce contra Marek e Gumboro que seu plantel precisa
Gleidson SallesComo o uso de feltro em lã de vidro tem reduzido o consumo de energia em aviários
Equipe Técnica Saint-GobainUso de aditivos líquidos em rações
Guilherme Rocha Naiara FagundesBronquite Infecciosa Aviária: patogênese, diagnóstico e controle
Brunna GarciaImportância da avaliação do processo de Vacinação In Ovo – Poultry View 360
Eduardo MunizF&S Consulting expande time com dois grandes nomes da avicultura
Importância do tamanho do ovo
Equipe Técnica H&NBem-estar em linhas de postura: sexagem de embriões para evitar a mortalidade de pintos machos ao nascer
Marcela YuñoCelebrando 25 Anos de Inovação e Excelência: A Trajetória da Biocamp
Ivan LeeO papel da solubilidade do cálcio na avicultura
Alex Maiorka Isabella de C. Dias Suzete P. de M. NetaO impacto da sobrecarga antigênica na resposta imunológica e na saúde intestinal de aves
Gerardo VillalobosFarinha de larvas de Zophobas morio (Insecta, Coleoptera) e seu valor nutricional para codornas
Luany Emanuella A. Marciano Simara Márcia MarcatoAlimentando o futuro das produções animais, Biochem apresenta soluções inovadoras para uma nutrição de precisão
Equipe Técnica BiochemImpacto da qualidade de ovos férteis e pintos de um dia no percentual de perdas e condenações nas plantas de abate de frangos no Brasil – Parte 2
Eder BarbonEstresse térmico agudo em Frangos de corte de 1 a 14 dias suplementados com um blend comercial
Eliane Gasparino Pedro A. de S. Ezidio Simara Márcia Marcato Simone Eliza Facioni GuimarãesTipos de cama para aves
Ana Serapião Casalles Mayara Alves de Lima Natália Lúcia Donizete Dias Barroso Sarah Sgavioli