OPAS alerta sobre o aumento de casos de gripe aviária (H5N1) e outras doenças nas Américas
A OPAS conclui que o fortalecimento das estratégias de vigilância e controle em toda a região, com ênfase na integração das respostas entre saúde humana e animal, será essencial para combater essas doenças e proteger a saúde pública e o setor agropecuário.
OPAS alerta sobre o aumento de casos de gripe aviária (H5N1) e outras doenças nas Américas | Fonte: Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) emitiu um alerta sobre a escalada de casos de gripe aviária (H5N1) e outras doenças transmissíveis nas Américas. O diretor da OPAS, Jarbas Barbosa, destacou o aumento de surtos em 2024 e as medidas necessárias para mitigar os impactos na saúde pública e no setor agropecuário.
Gripe aviária (H5N1): ameaça crescente para a saúde pública e a avicultura
Barbosa destacou que, embora o número de casos humanos seja relativamente baixo — com 58 casos registrados nos Estados Unidos e um no Canadá —, o impacto do H5N1 permanece significativo devido à rápida disseminação entre aves. Este vírus, que afeta principalmente as aves, também tem infectado outras espécies, incluindo o gado leiteiro nos Estados Unidos.
Em 2024, 19 países das Américas notificaram surtos de H5N1 entre animais, e dois desses países confirmaram casos humanos. Barbosa alertou sobre a importância de intensificar a vigilância nos setores de saúde humana, animal e ambiental, enfatizando que a cooperação entre essas áreas é crucial para a detecção precoce e intervenções eficazes.
“O vírus H5N1 pode impactar diretamente a produção avícola e aumentar os custos para os produtores, com consequências para a segurança alimentar e os mercados internacionais. A vigilância contínua e a colaboração entre os setores são fundamentais para evitar que o surto se espalhe para mais áreas e afete ainda mais a saúde pública e a economia”, afirmou Barbosa.
Medidas de controle e colaboração regional
A OPAS reforçou que a situação exige uma resposta coordenada entre os países da região para prevenir uma maior disseminação da gripe aviária, além de estratégias de controle para limitar os danos ao setor avícola. A vigilância ativa e o monitoramento dos surtos em animais, principalmente nas zonas de risco, são imprescindíveis.
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“É vital que os países compartilhem informações e coordenem suas respostas para enfrentar esses surtos de forma eficaz”, destacou Barbosa, ressaltando o papel das autoridades nacionais e internacionais na prevenção de novos casos e na contenção de surtos.
Dengue e Oropouche: outros desafios na região
Além da gripe aviária, a OPAS também alertou sobre o aumento de casos de dengue, com mais de 12,6 milhões de casos notificados em 2024, e sobre a expansão do vírus Oropouche, que afetou 11,6 mil pessoas, principalmente no Brasil. Embora esses surtos sejam mais comuns em áreas urbanas, a gripe aviária tem mostrado um impacto crescente nas zonas rurais e nas economias dependentes da avicultura.
A OPAS conclui que o fortalecimento das estratégias de vigilância e controle em toda a região, com ênfase na integração das respostas entre saúde humana e animal, será essencial para combater essas doenças e proteger a saúde pública e o setor agropecuário.
