No final de 2017, a África do Sul liberou as importações de ovos in natura e processados provenientes do Brasil. Segundo análise do Cepea, apesar de a representatividade do Brasil no mercado global ainda estar distante dos demais exportadores, o crescimento no número de países importadores associado ao maior volume produzido, podem contribuir para aumentar a inserção do País no mercado internacional a longo prazo.
Recuperação das exportações de ovos em 2018 é aposta do setor
O crescimento no número de países importadores, associado ao maior volume produzido, podem contribuir para aumentar a inserção do Brasil no mercado internacional de ovos a longo prazo.
As recentes aberturas de novos mercados internacionais traz a expectativa de recuperação nas exportações de ovos em 2018. A informação foi apurada em pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea - Esalq/USP).
Em relação ao consumo doméstico, espera-se que a modesta recuperação econômica do Brasil prevista para 2018 em, pelo menos, 0,62% a.a. segundo o Banco Central do Brasil (BC), contribua para estimular a demanda por ovos, seja por parte da indústria de alimentos ou pelo consumo in natura.
Em 2017, o consumo per capita dos brasileiros já havia aumentado cerca de 1% em relação a 2016, atingindo o volume de 192 ovos no ano. O setor pode, ainda, ser beneficiado, mesmo que indiretamente, pela ampla divulgação de pesquisas científicas recentes que demonstram os benefícios nutritivos resultantes do consumo de ovo.
Por outro lado, o crescimento da economia e a redução da inflação podem favorecer o aumento do poder aquisitivo do brasileiro em 2018, estimulando o consumo de outras proteínas mais caras, como as carnes bovina, suína e de frango.
Dentro da porteira, estimativas da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) indicam que, em 2018, a produção nacional de ovos será entre 5% e 6% superior à do ano passado. Diante disso, a capacidade de absorção dos mercados doméstico e externo é de extrema relevância para a determinação dos preços que serão recebidos pelos produtores e, consequentemente, para o desempenho do setor.
O aumento na produção já pôde ser observado em 2017, uma vez que, segundo a ABPA, o plantel de postura comercial aumentou 4,7% em dezembro do ano passado, em comparação com o mesmo período de 2016.
CUSTOS DE PRODUÇÃO
Para 2018, o preço do milho, importante insumo da atividade, pode aumentar, elevando os custos da ração frente ao observado no ano passado. A expectativa de valorização do milho está pautada no atraso da colheita da soja, que pode retardar o plantio do milho.
Com informações da Assessoria de Imprensa do Cepea