Organizado pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), o evento reúne esse ano cerca de 1,2 mil profissionais do setor. O auditório do Centro de Eventos Plínio Arlindo de Nês ficou lotado para a palestra de Amorim.
Setor avícola deve estar atento a boas perspectivas da economia
O economista Ricardo Amorim falou na abertura do XIX Simpósio Brasil Sul de Avicultura, em Chapecó (SC).
O setor avícola brasileiro deve estar atento às boas perspectivas da economia mundial. Esse foi o recado do economista Ricardo Amorim na palestra proferida na noite da última terça-feira (10/4), em Chapecó (SC), durante a abertura do XIX Simpósio Brasil Sul de Avicultura.
O economista apresentou dados e defendeu que após grandes crises, o Brasil sempre viveu momentos de crescimento econômico, sendo que o mais tímido nesses episódios foi de 5%. Ele destacou que em 2017 o Brasil cresceu duas vezes mais que o previsto e, se o ritmo continuar o mesmo, o país deverá crescer 4% em 2018.
“Não há o que impeça o Brasil de crescer”, afirmou Amorim. “Estamos no lugar certo, na hora certa e vocês estão no setor certo”, completou.
Amorim afirmou que o fenômeno da nova classe média ocorrido mundialmente em 2014 deverá retornar nos próximos dez anos e isso, automaticamente, se reflete no aumento do consumo de carne de frango. Ele também comentou que a renda per capita mundial quintuplicou nos últimos 15 anos.
Segundo o economista, a Índia deverá ter um crescimento populacional de cerca de 900 milhões de habitantes nas próximas três décadas. A renda per capita do país, que hoje é 1/5 da renda da China, deverá seguir a tendência mundial e isso se refletirá em aumento de consumo de alimentos, destacadamente as proteínas de frango e porco, considerando que no país não se consome carne bovina.
Amorim lembrou ainda que, excluindo a área da Amazônia, o Brasil dispõe de 40% da área mundial disponível para plantio.
Sobre a força do agronegócio, ele afirmou que há 15 anos as cidades do interior crescem mais que as grandes capitais. Já em relação às exportações, Amorim explicou que a queda das taxas de juros no Brasil e elevação das mesmas nos Estados Unidos da América eleva o dólar e, consequentemente, a rentabilidade das exportações.
Para ele, independentemente de quem vença as eleições presidenciais de 2018, a Reforma da Previdência será realizada. Concluindo, destacou que os momentos de crise são propícios para o surgimento de iniciativas inovadoras e ousadas, destacando que nenhum resultado é alcançado sem o investimento de muito esforço e trabalho.