
O metapneumovirus aviário (aMPV) infecta aves de todas as idades e causa um quadro clínico pela infecção no trato respiratório superior (Gough e Jones, 2008) seguido pelo desenvolvimento da “Síndrome da Cabeça Inchada”, decorrente do acúmulo de secreção naso-traqueal com consequente acúmulo infraorbitário, embora a presença de sinais clínicos possa não ocorrer (Cook et al, 1988).
2011).
O sorotipo C é mais prevalente em outros países, como Estados Unidos (Cook e Cavanagh, 2002), e o subtipo D foi isolado na França na década de 80 (Bayon-Auboyer et al, 2000).
Para evitar tais consequências da infecção pelo aMPV, levando em consideração a sua alta prevalência nos plantéis de aves comerciais, é fundamental que seja instituído um programa vacinal robusto, seguro e de fácil administração, que seja capaz de proteger as aves de forma precoce e duradoura, conferindo proteção até o final do ciclo de produção (Ganapathy et al, 2010).
Essa característica de resposta conferida com estirpes vacinais do sorotipo B é ainda mais vantajosa quando o vírus vacinal é proveniente de galinhas, pois a resposta homóloga nesse caso é capaz de acelerar a replicação viral logo após a administração da vacina, resultando em proteção precoce aos animais vacinados.
A resposta imune celular e humoral local contra o AMPV é importante, por isso, é recomendável que sejam utilizadas vacinas contendo estirpes virais de rápida replicação.
No manejo das vacinas vivas durante as primeiras semanas de idade da ave é comum e rotineiro administrar vacinas associadas à diferentes vírus respiratórios, como bronquite (IBV) infecciosa e Newcastle (NDV).
A associação desses agentes vacinais, quando feita obedecendo as boas práticas de vacinação, não impacta na proteção ao desafio por aMPV, embora possa haver redução – ainda que não significativa – nos títulos de anticorpos contra aMPV (Figura 1) (Ganapathy et al, 2006; Tarpey et al, 2007).
Tabela 1. Detecção por RT-PCR de diferentes vírus vacinais após vacinação combinada ou não com os vírus de NewCastle, bronquite infecciosa e a Nemovac® e a média de escore clinico em grupos não vacinados e vacinados seguido do desafio com aMPV aos 21 dias pós vacinação. Não foram observados sinais clínicos nas aves vacinadas pelas diferentes vias de aplicação.
A vacinação pode ser realizada por diferentes vias de aplicação:
Dentre esses métodos, todos eficientes, destaca-se a conveniência e praticidade da vacinação via água de bebida que a Nemovac® proporciona, aliada a mesma proteção das vias óculo-oral e spray (Figura 2).
Figura 2. Título de anticorpos (ELISA) para aMPV em aves não vacinadas ou vacinadas pelas vias óculo-oral, spray ou água de bebida. As aves foram desafiadas aos 21 dias de idade e dez dias após o desafio os títulos de anticorpos foram significativamente maiores em relação aos grupos não desafiados.
A vacinação via água de bebida demanda menor custo com mão de obra e menor tempo de vacinação, visto que, uma vez preparada a solução vacinal, as aves devem consumir o volume de vacina correspondente ao número de doses em cerca de uma hora.
A conveniência e eficácia de proteção (Ganapathy et al, 2010) da aplicação via água de bebida também proporciona uma fácil personalização das idades a se administrar a vacina, que pode variar de acordo com o programa vacinal vigente e possíveis interferências com outras vacinas virais e também com a pressão de infecção de cada população.
Nemovac® destaca-se por ser uma ferramenta na prevenção de quadros clínicos respiratórios e de queda de qualidade de casca de ovos decorrentes da infecção por aMPV, por conferir alto nível de proteção de forma precoce.
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