
Controle da Coccidiose Aviária em Poedeiras Comerciais
A coccidiose é uma das enfermidades infecciosas de maior impacto econômico na avicultura industrial, passando a uma preocupação para a postura comercial. Confira!
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A coccidiose aviária é uma doença parasitária causada por protozoários das espécies do gênero Eimeria.
Representa uma das enfermidades infecciosas de maior impacto econômico na avicultura industrial, tanto para frangos de corte, como para reprodutoras e, tornou-se nos últimos anos também motivo de grande preocupação para o setor de postura comercial.
Esse tipo de galpão permitiu potencializar a produção das granjas, aumentando ainda a capacidade alojada numa mesma área produtiva.
Proporcionou também, maior facilidade no arraçoamento das aves, na retirada das excretas, mas principalmente no manejo de coleta dos ovos comerciais.


O contato e acesso às próprias fezes, através das esteiras, suscitou nas poedeiras de gaiola uma condição epidemiológica semelhante às das poedeiras de piso, desencadeando então a manifestação da enfermidade.
LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO

Amostras
Amostras de fezes e de intestinos de aves em recria de mais de 30 granjas localizadas nos principais estados brasileiros produtores de ovos comerciais, foram colhidas e analisadas para detecção da positividade ao protozoário e identificação das espécies de Eimerias presentes na criação destas aves.
Resultado

A patogenia e a severidade dos sinais clínicos da doença variam de acordo com o grau de virulência, com a espécie de Eimeria que esteja infectando o lote e quantidade de oocistos esporulados ingeridos pelas aves.
A campo infecções mistas envolvendo duas ou mais espécies de Eimerias são extremamente comuns e, potencializam ainda mais os efeitos e sinais clínicos da doença.
Sintomas que podem ser imputados à enfermidade:


Para a prevenção e controle da coccidiose aviária nas poedeiras comerciais, poderão ser considerados os seguintes aspectos: medidas de higiene e desinfecção, uso de fármacos e a vacinação.

A limpeza e desinfecção das instalações dos galpões podem auxiliar na diluição da pressão de infecção, mas são pouco eficientes em erradicar os oocistos presentes no ambiente de criação.
A reduzida eficiência dos desinfetantes sobre os oocistos, deve-se a parede dupla presente nesta estrutura, que o torna impermeável a maioria das moléculas, exceto ao gás amônia e ao brometo de metila.
Entretanto, essas duas substâncias são tóxicas e de difícil utilização em condições não experimentais.
Diferentes drogas são usadas há muitos anos no controle da coccidiose aviária. Entre as diversas drogas de uso comercial, os compostos mais utilizados são divididos em duas categorias: os químicos e os ionóforos.
Químicos
Os químicos, tais como a sulfaquinoxalina, amprólio, diclazuril, entre outros, possuem um modo ação específico, simplificado, agindo em apenas uma determinada etapa de desenvolvimento ou fase do metabolismo do parasita.
Possibilitam dessa forma uma rápida adaptação do parasita ao fármaco e facilitam o aparecimento de resistência.
Ionóforos
Em contrapartida, os ionóforos são compostos por moléculas complexas que atuam no transporte de cátions monovalentes e divalentes por meio das membranas do parasita.
Essas drogas, tais como a monensina, salinomicina, lasalocida, entre outras, causam uma turgidez e degeneração do parasita e o elimina exaurindo suas reservas energéticas por interferir no transporte de energia na mitocôndria. Portanto, são drogas de ação complexa e, por esse motivo, menos sensíveis ao desenvolvimento de resistência.

A vacinação, prática consolidada no segmento de reprodutoras e de poedeiras comerciais criadas em piso, desponta como a ferramenta de eleição no controle da coccidiose em galpões verticais.

A vacinação não induz resistência e, seu mecanismo de ação permite a disseminação e colonização do galpão por oocistos vacinais, substituindo pouco a pouco os oocistos patogênicos de campo, potencializando a eficiência e o resultado lote a lote.
Vacinas
As vacinas vivas possuem em sua composição, oocistos esporulados das diferentes espécies de Eimerias aviárias e apresentam-se sob a forma líquida. Devido a esta forma de apresentação, cuidados extras na cadeia de frio devem ser implementados para impedir o congelamento da vacina e, por conseguinte sua inativação.
O produto ideal deve atender a importantes requisitos técnicos, que influenciam em sua eficácia, tais como: composição, atenuação, cepas antigenicamente protetoras e formulação.
Composição
Atenuação
Ser atenuado ou de baixa virulência para evitar reações vacinais adversas após aplicação e principalmente durante as reciclagens no campo, onde não existe controle sobre a quantidade de oocistos ingeridos pelas aves.
Cepas antigenicamente protetoras
Seleção de cepas compatíveis com os desafios de campo, uma vez que existe a possibilidade de variação interespécies, inclusive com a existência de cepas variantes.
Formulação
Número de oocistos adequados por dose e a viabilidade destes oocistos. Partidas de vacinas novas ou frescas podem conter maiores quantidades de oocistos viáveis que partidas mais próximas da data de vencimento.
Quase a totalidade dos produtos comerciais disponíveis no mercado, preconizam somente a vacinação das poedeiras comerciais no incubatório, ao primeiro dia de idade, através da via spray.
Exceção se faz, a vacina Bio-Coccivet R do Biovet Vaxxinova, que pode ser administrada tanto no incubatório ou até mesmo no campo, através da via ocular, no primeiro ou no sétimo dia de vida das aves, conjugada com vacinas virais de Newcastle, Bronquite e Gumboro, num único manejo de aplicação.
Todo e qualquer manejo de aplicação individual de vacina será mais uniforme que uma aplicação massal.
Manejo pós vacinação

O papel deverá ser mantido pelo menos até o 16º – 17º dia, após a vacinação para garantir que ocorram ao menos duas reciclagens de campo, reforçando assim o processo de imunização.
Imunidade
A reposta imune inicia-se no momento de aplicação da vacina, mediante a exposição controlada de oocistos esporulados vacinais.
Assim, as aves podem expressar todo o potencial genético para atingir e superar os padrões zootécnicos esperados. Na prática, isso se traduz em aves mais pesadas, lotes com maior uniformidade, redução da conversão alimentar e menor percentual de mortalidade, culminando com maior lucratividade para os criadores.

Bio-Coccivet R foi desenvolvida especialmente para as aves de ciclo longo, através da coleta de centenas de amostras de fezes e intestinos de aves em granjas de diversas regiões do Brasil, selecionando e isolando 7 espécies de Eimerias aviárias que compõem o produto. Isso garante à vacina uma rápida e eficiente proteção imunológica contra as cepas patogênicas de campo.
O perfeito equilíbrio entre composição, dose e atenuação das cepas de Eimeria presentes na vacina, asseguram a imunização na medida certa.

