Apanha das aves: Manejo fundamental para uma empresa avícola
A apanha das aves é uma operação muito sensível pelo risco de ferí-las de forma irreversível, causando severas perdas à empresa.
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A apanha das aves é uma operação muito sensível pelo risco de ferí-las de forma irreversível, causando severas perdas à empresa pela mortalidade no transporte, condenação de carcaças e desqualificação dos produtos na planta de processamento.
Sendo assim, a operação merece atenção máxima com o objetivo de garantir o manejo correto da ave e, consequentemente, a integridade da carcaça e resultado econômico do negócio. A captura das aves exige a entrada simultânea no galpão de 12 ou mais pessoas e, muitas vezes, um caminhão, rompendo bruscamente a serena rotina de vida das aves: perturbando e estressando o lote.
A fim de mitigar seus efeitos sobre as carcaças, a apanha precisa ser bem estruturada e conduzida. A dimensão e quantidade de equipes de apanha devem estar baseadas na distribuição geográfica das granjas, método de captura, quantidade máxima diária de aves por equipe e o tempo atribu’ido a cada carga viva.
Cuidar do seu bem-estar, fornecendo-lhe transporte seguro, comida, água, uniformes e equipamentos de proteção individual; tratá-los com dignidade e respeito; capacitá-los previamente e supervisioná-los de perto são pré-requisitos fundamentais, porém frequentemente esquecidos, para garantir o correto manejo da ave e execução do trabalho.
Os métodos de apanha – individual, pelas patas ou pelo pescoço – impactam de diferentes maneiras a integridade da carcaça. Depois, a empresa, baseada em seus critérios, deve escolher a que mais protege a ave.
A apanha deve ser executada sem tumulto para não assustar as aves. Quando é realizada de noite, pode-se utilizar iluminação parcial ou escuro total. O perímetro no entorno dos galpões deve permitir a livre circulação e fácil posicionamento dos caminhões, de forma a facilitar a logística da carga.
Em função do método de captura, ou as caixas são descarregadas do caminhão e espalhadas pelo galpão, ou permanecem sobre o caminhão. O impacto sobre a qualidade da carcaça, a exigência física do pessoal e a logística da carga diferem para cada caso e, por isso, não podem ser esquecidos no planejamento do trabalho. À apanha e ao pré-transporte é atribuída 40% da mortalidade de transporte.
É fundamental cuidar do conforto térmico das aves, que é intrínseco à hora da apanha, tipo de galpão, preparação do lote, peso vivo, número de aves por caixa, tipo de carroceria e proteção oferecida pelo caminhão às aves. O tempo de carga atribuído a cada caminhão deve ser respeitado; as consequências podem ser danosas para a qualidade da carcaça se ele for encurtado, ou para o abate se for alongado.
Antes da partida do caminhão, fixar bem as caixas se a carga for aberta, ou fechar e trancar as portas se for fechada. Não esquecer de preencher os documentos exigidos pelas autoridades y la empresa, a fim de permitir, respectivamente, o livre trânsito da carga entre a granja e a processadora e o posterior monitoramento do processo da captura.
