10 nov 2017

BRF: OneFoods tem crescimento de 22,5% na receita operacional líquida

A BRF como um todo obteve receita operacional líquida de R$ 8,7 bilhões, representando um incremento de 8,8% frente ao trimestre anterior.

A Receita Operacional Líquida da OneFoods, unidade da BRF dedicada aos mercados muçulmanos, totalizou R$1,932 bilhões no terceiro trimestre de 2017, representando um crescimento de 22,5%, em relação ao mesmo período de 2016. O resultado, divulgado hoje (10/11) em relatório no site da empresa, inclui os resultados da Banvit, maior produtora de aves da Turquia, adquirida esse ano pela BRF.

Segundo o relatório da BRF, a integração pós-consolidação da Banvit, atrelada às condições favoráveis de demanda e preço, impulsionaram os resultados da "acima do esperado, reafirmando o acerto da aquisição". A margem EBITDA/LAJIDA (Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) da Banvit nesse terceiro trimestre de 2017 foi de  23,0%, "bem acima da média histórica".

Segundo o documento, mesmo excluindo os efeitos da Banvit, a OneFoods apresentou melhora em sua rentabilidade na comparação trimestral. O preço médio em reais nesse período, segundo o relatório, aumentou 15,3%, devido à menor oferta de países exportadores, sobretudo o Brasil, e a maior importação do Egito.

Já a BRF como um todo, obteve receita operacional líquida de R$ 8,7 bilhões, o que representa um incremento de 8,8% frente ao trimestre anterior. O EBITDA, por sua vez, atingiu R$ 1 bilhão no período, significando um crescimento de 21,3% em relação ao terceiro trimestre de 2016.

Destaques do Trimestre

Além da conclusão da oferta pública, na Turquia, para aquisição das ações detidas pelos acionistas minoritários da Banvit, que resultou na detenção de 91,71% do total de ações, o relatório divulgado pela BRF aponta outros acontecimentos no período que influenciaram nos resultados da empresa como um todo.

Entre eles está o anúncio da reabertura, em janeiro de 2018, da planta de Jataí (GO), unidade dedicada a produção de alimentos halal, com capacidade produtiva de 40 mil toneladas por ano. Também em GO, houve a liberação, pelo Ministério da Agricultura, da planta de Mineiros para retomar exportação. A unidade tem capacidade para abater 26 mil perus e 115 mil frangos por dia.

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A adesão ao Programa Especial de Regularização Tributária (PERT) também está nos destaques apontados pela empresa. A iniciativa, segundo a BRF, resultou em um impacto líquido no resultado (antes do imposto de renda e contribuição social) de aproximadamente R$310 milhões, dos quais R$220 milhões foram em resultado financeiro.

Mudanças na Direção

Uma nova mudança na presidência da empresa, que seria a quarta em apenas cinco anos, também é mencionada no relatório divulgado pela BRF. Segundo o documento, o atual Diretor Presidente Global, Pedro Faria, segue na liderança da empresa até o próximo dia 31 de dezembro.

Segundo o documento, a empresa "ainda se encontra em processo de recrutamento do novo Diretor Presidente, em conjunto com uma consultoria especializada, seguindo as diretrizes do Comitê de Pessoas e do Conselho de Administração". Outras mudanças são mencionadas como a nomeação de Lorival Luz para o cargo de Vice-Presidente de Finanças e de Relação com Investidores, e Alessandro Bonorino para o cargo de Vice-Presidente de Recursos Humanos.

Também está em andamento o processo de sucessão na Vice-Presidência de Planejamento Integrado e Supply. Segundo o relatório da BRF, a posição será assumida por Elcio Ito a partir de janeiro de 2018.

Cenário brasileiro

O relatório da BRF é traçado num cenário de produção brasileira recorde de milho, com 97,8 milhões de toneladas na safra 2016/17, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A estimativa é de que o Brasil termine 2017 com um estoque de cerca de 20 milhões de toneladas do grão, volume suficiente para assegurar o abastecimento local até a colheita da safra verão no início de 2018.

Com a fartura de grãos, os patamares de preço para o milho e o farelo de soja ao longo do terceiro trimestre de 2017 são classificados como "saudáveis". O preço médio do milho apresentou pouca variação entre os trimestres (-0,9%), sendo mais significativa a queda de 37,9% ao ano.

Simultaneamente, o preço médio do farelo de soja recuou 11,7% entre os trimestres, se aproximando dos níveis observados no mesmo período do ano passado. Como resultado, o Brasil apresentou o menor custo de produção global.

BRF

Para a safra 2017/18, levantamentos iniciais apontam uma redução para 93,5 milhões de toneladas de milho, nível ainda acima da média histórica de produção do país.

Outro efeito da farta produção de grãos brasileira, segundo o relatório, é sobre a margem do produtor, considerando a queda nos custos de produção. Em 2017, os custos de produção de frango de corte acumulam baixas de 14,82%, segundo a Embrapa.

Em resposta a uma melhor margem do produtor, o nível de alojamento de frango do país apresentou uma pequena recuperação na relação ano a ano, porém se mantendo estável na comparação trimestral. Da mesma forma, o nível de produção de frango acompanhou lentamente este movimento.

BRF

O volume de embarques de frango para o mercado externo é outro fatos apontado no relatório da empresa. O crescimento nos comparativo de 12 meses foi de 9%, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX). Esse aumento foi impulsionado, principalmente, pela maior atratividade comercial de mercados como Japão e África, bem como a demanda adicional do mercado Egípcio.

BRF

 

 

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