O aumento populacional e as mudanças climáticas são pontos de atenção para todo o planeta atualmente. A maior demanda por alimentos de alta qualidade e as exigências de consumidoresbem informados sobre o que consomem são fatores que provocam transformações na produção.
A preocupação com a sustentabilidade é um exemplo entre os temas do agronegócio, que busca soluções alinhadas ao uso racional e reduzido dos recursos naturais.
Nesse cenário, as soluções relacionadas à nutrição animal estão entre os pontos que impulsionam a produção de proteína animal, uma vez que podem reduzir o desperdício de ração e promover eficiência produtiva e maior rentabilidade no campo.
A necessidade de utilizar melhor os recursos para a produção e garantir a digestão eficiente dos nutrientes são os principais motivos para a adição de enzimas nas dietas dos animais monogástricos, com diversos benefícios para o setor, contribuindo para uma atuação sustentável.
ENZIMAS
As enzimas agem como catalisadores biológicos, aumentando a velocidade das reações químicas no organismo e não são alteradas neste processo.
São proteínase, portanto, consistem em cadeias de aminoácidos unidas por ligações peptídicas.
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São altamente específicas para os substratos e dirigem todos os eventos metabólicos. Isso as torna uma solução relevante para a otimização de vários processos da indústria, incluindo a digestão dos nutrientes da ração no organismo dos animais.
Atualmente, o uso de enzimas microbianas, como aditivos alimentares, é comum para a alimentação de aves e suínos.
Regiane Peres, diretora de Marketing da área de nutrição animal da DSM para a América Latina, ressalta que a sustentabilidade é um dos pilares da atuação da empresa.
A DSM está atenta às transformações do mundo e trabalha com base na ciência e inovação para desenvolver soluções que diminuam os impactos ao meio ambiente. Somos parceiros dos produtores e estamos em campo para identificar como melhorar a nutrição animal. Assim, temos um amplo portfólio de enzimas que melhoram a digestão dos animais e têm uma série de benefícios para uma produção mais sustentável.
Em parceria com a Novozymes, a DSM oferece opções inovadoras de enzimas alimentares para atender aos desafios da produção mundialmente.
Para a melhor digestibilidade dos nutrientes em rações de suínos e aves, são indicadas as soluções do portfólio RONOZYME®, que possuem seis produtos que auxiliam a produção.
As enzimas são categorizadas em três famílias, que possuem atuações diferentes:
FITASES
Uma fitase é uma enzima que catalisa a hidrólise de fosfatos do ácido fítico. Esse ácido é chamado fitato quando na forma de sal, por exemplo, Ca-fitato ou Na- fitato.
O fitato pode ligar-se a outros compostos, como cálcio, zinco e outros nutrientes. A fitase ideal provoca liberação alta e constante de fósforo em qualquer tipo de dieta.
Com mais fósforo disponível no organismo, há menor necessidade de suplementação desse nutriente na dieta, reduzindo os custos do produtor com a alimentação.
Com a absorção mais eficiente do fósforo, os animais excretam menos dessa substância, o que reduz o impacto da produção animal no meio ambiente.
PROTEASES
São enzimas que hidrolizam as proteínas complementando a ação das enzimas digestivas. São requisitos de uma boa protease a atuação em uma ampla gama de proteínas alimentares, compatibilidade com outras enzimas alimentares e estabilidade nas vísceras.
A proteína é um dos componentes mais caros da alimentação, embora seja fundamental para o crescimento dos animais. Por isso, usá- la de forma eficiente é uma forma de reduzir os custos de alimentação sem comprometer a saúde animal.
Além desses benefícios, as proteases auxiliam na proteção do meio ambiente, reduzindo a excreção de nitrogênio da produção animal. Há estudos que mostram que a cada 1% de redução da proteína bruta da ração, há uma redução de até 8% no valor de nitrogênio excretado pelo animal.
CARBOIDRASES
São as enzimas que digerem os carboidratos da ração. Nesta classe temos as amilases e as enzimas que atuam sobre os polissacarídeos não amiláceos.
A amilase atual sobre a principal fonte de energia dos cereais, como amido. Aves e suínos costumam ser capazes de digerir em torno de 90% do amido ingerido, o que pode ser melhorado com a adição dessas enzimas.
O uso delas maximiza a energia dos animais e, com o uso mais eficiente, os produtores têm maior retorno financeiro.
MAIOR RESULTADO PARA OS PRODUTORES, MENOR IMPACTO PARA O MEIO AMBIENTE
Rafael Sens, Gerente Técnico Regional para a área de Nutrição Animal da DSM, indica que as enzimas da linha RONOZYME®são ferramentas para a sustentabilidade da produção.
O uso combinado dessas enzimas pode contribuir significativamente para um mundo mais sustentável. O impacto estimado, por exemplo, em 20 mil toneladas por mês de alimento para frangos é equivalente ao impacto positivo da retirada de 6.426 carros das ruas e ao cultivo de 399.443 árvores durante 10 anos, além de uma redução considerada na emissão de gases de efeito estufa, aponta o especialista.
Esses números estimam o impacto positivo da inclusão de enzimas na dieta, o que gera benefícios como a melhora na digestibilidade do nitrogênio, do fósforo e da energia da dieta, reduzindo, assim, a quantidade de nitrogênio e fósforo nas fezes dos animais, diminuindo, dessa forma, o impacto ambiental.
ENZIMA QUE REDUZ OS CUSTOS DA RAÇÃO E CONTRIBUI PARA A PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL
Entre os destaques da linha de enzimas da área de nutrição animal da DSM, RONOZYME® ProActé uma protease pioneira que aumenta a digestibilidade das diferentes fontes proteicas da dieta, reduzindo, assim, substancialmente os custos da raçãosem comprometer o desempenho zootécnico.
Além disso, outro benefício verificado é a proteção do meio ambiente, pois essa solução reduz a excreção de nitrogênio durante o ciclo produtivo.