29 maio 2018

Greve de caminhoneiros amplia dificuldades enfrentadas pela avicultura

Dentre os 30 mercados levantados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Esalq/USP), os de aves, suínos […]

Dentre os 30 mercados levantados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - Esalq/USP), os de aves, suínos e leite parecem ser os mais fragilizados diante da atual greve dos caminhoneiros. Isso porque, além de se tratarem de animais, que precisam ser alimentados, são setores que já estavam passando por fortes dificuldades antes da atual paralisação.

"No geral, o clima é de incertezas, com muitos colaboradores do Cepea se mostrando sem orientação, num momento em que esses mercados caminhavam para uma possível recuperação", diz a nota divulgada pelo Centro.

No mercado de ovos, colaboradores do Cepea informam dificuldades no escoamento do produto e no recebimento de insumos.

 

AVES

 

O Cepea avalia que, ainda que este seja um setor integrado, as negociações envolvendo o frango estão travadas.

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"Enquanto o avicultor não consegue receber insumos para alimentar os animais, frigoríficos reduziram o abate – muitos estão parados – porque não há mais espaço em seus estoques, que não estão sendo escoados", destaca a nota.

Colaboradores do Cepea indicam que tem alimentos para os animais até o meio desta semana e, por isso, muitos têm racionado a alimentação – cenário que deve reduzir a produtividade.

"Vale ressaltar que o setor avícola é fortemente dependente do mercado internacional – quase 35% da produção brasileira da proteína é exportada – e o mercado enfrenta embargo por parte de um importante comprador (União Europeia)", destaca a nota divulgada pelo Cepea.

Portanto, o atual contexto pode dificultar os recentes avanços em acordos estabelecidos com outros países demandantes da carne.

 

SUÍNOS

 

O cenário verificado no mercado de suínos pelo Cepea é bastante parecido com o de aves, com muitos produtores racionando o uso de insumos, enquanto frigoríficos reduzem ou paralisam os abates.

"Em alguns poucos casos, o pecuarista consegue negociar com frigoríficos próximos, em localidades em que os acessos estão liberados", destaca a nota do Cepea. "Nestas situações, os valores negociados estão bastante dispersos dos de outras regiões", completa.

Segundo o Cepea, antes da paralisação, o setor estava animado com a notícia da possível retomada das compras da carne por parte da Rússia. Além disso, as primeiras cargas de cortes suínos ao mercado sul-coreano também estavam sendo negociadas.

"No entanto, a greve está impedindo a saída da carne dos frigoríficos e, consequentemente, as exportações".

 

GRÃOS E CEREAIS

 

A paralisação de caminhoneiros tem inviabilizado as negociações no mercado de grãos. Produtores, com receio de não conseguir entregar o produto, não ofertam lotes no mercado spot.

Compradores, especialmente avicultores e suinocultores, indicam forte necessidade de receber os insumos para a alimentação dos animais e aceitam pagar preços mais elevados – apenas alguns recebem novos lotes.

Na indústria, sem o grão, muitas unidades interromperam o processamento, limitando a oferta de derivados. No caso de moinhos de trigo, parte ainda detém o cereal para moagem, mas não consegue negociar devido à dificuldade na logística.

Para o arroz, o transporte interestadual está prejudicado, impedindo as entregas do produto beneficiado, cenário que tem deixado tanto a indústria quanto orizicultores fora de mercado.

A nota do Cepea relata ainda as condições dos mercados de leite, hortifrutis, algodão, pecuária de corte, café, sucro, mandioca,

Com informações da Assessoria de Imprensa do Cepea

 

 

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