30 ago 2017

OIE defende ação coordenada para prevenir resistência antimicrobiana

Martin Minassian, assistente técnico da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) foi um dos palestrantes do Painel: Resistência Antimicrobiana e sua implicação na produção de aves e suínos, realizado na tarde de hoje (30/08), no SIAVS.

A resistência aos antimicrobianos (RAM) não é um fenômeno novo, mas as preocupações em torno do tema seguem aumentando.  É cada vez maior o número de consumidores ao redor do mundo que vem questionando o uso desse tipo de substância na alimentação animal.

Embora ainda não haja nenhuma comprovação científica ligando o uso de antimicrobianos como melhoradores de desempenho na dieta dos animais à resistência antimicrobiana, o certo é que a indústria de carnes tem sido compelida a reduzir o seu uso. Martin Minassian, assistente técnico da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), defende uma ação coordenada entre diferentes entidades para prevenir o desenvolvimento da resistência aos antimicrobianos.

“Os agentes antimicrobianos são essenciais para assegurar a saúde, a sanidade, o bem-estar animal e a inocuidade alimentar. Mas a preocupação dos consumidores vem crescendo em relação a esse assunto”, afirma. “Diante disso, os setores de saúde humana, animal e vegetal possuem uma responsabilidade compartilhada para prevenir ou minimizar o desenvolvimento da resistência aos antimicrobianos nos patógenos”, completa o representante da OIE.

Minassian foi um dos palestrantes do Painel: Resistência Antimicrobiana e sua implicação na produção de aves e suínos, realizado na tarde de hoje (30/08), no Salão Internacional de Aves e Suínos (SIAVS). Promovido pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o evento segue até amanhã (31/08).

De acordo com Minassian, as principais entidades internacionais de saúde humana, animal e vegetal têm intensificando suas ações para reduzir os riscos de desenvolvimento da resistência antimicrobiana. Segundo ele, OMS, OIE, FAO e Codex Alimentarius têm agido de forma harmônica e articulada. “Essa colaboração inter setorial é muito importante. As regulamentações de medicamentos melhoram quando são gerenciadas por entidades diferentes”, afirma.

O especialista da OIE citou também a reunião de alto nível realizada em setembro de 2016 pelas Nações Unidas, em Washington, nos Estados Unidos, na qual todos os chefes de Estado se comprometeram a adotar uma estratégia de amplo alcance e coordenada para abordar as causas fundamentais da RAM em múltiplos setores, em especial na saúde humana, na saúde animal e na agricultura.

Direto de São Paulo

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