07 fev 2022

Adepará regulamenta monitoramento de Salmonella em aves

A partir de agora, os resultados laboratoriais positivos serão enviados primeiramente para a Adepará, que informará ao produtor. A coleta também será realizada apenas uma vez, ficando uma amostra reserva acondicionada no laboratório para eventuais contestações. Saiba mais!

A Adepará (Agência de Defesa Agropecuária do Estado), por meio das GPESA (Gerências do Programa Estadual de Sanidade Avícola) e GSIE (Serviço de Inspeção do Estado do Pará), regulamentou a Portaria nº 0098/2022, que mantém as diretrizes do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) para fiscalização, controle e monitoramento de Salmonella spp. (bactérias) na cadeia produtiva de aves no Estado.

A nova portaria trata sobre controle e monitoramento de Samonella spp, em estabelecimentos avícolas comerciais de frangos e perus de corte, e nos estabelecimentos de abate de frangos, galinhas, perus de corte e reprodução, registrados no SIE (Serviço de Inspeção Estadual).

Adepará salmonella

As medidas visam prevenir a contaminação por Salmonella em aves criadas para abate

O documento também normatiza:

A partir de agora, os resultados laboratoriais positivos serão enviados primeiramente para a Agência, que informará ao produtor. A coleta também será realizada apenas uma vez, ficando uma amostra reserva acondicionada no laboratório para eventuais contestações. O destino final para animais infectados pela bactéria será decidido pela Adepará, em conformidade com a garantia de segurança alimentar.

Cabe à Gerência do Programa Estadual de Sanidade Avícola fiscalizar, controlar e monitorar a coleta de material nas mais de 300 granjas existentes no Estado, para definir o destino final dos animais, com base no resultado laboratorial.

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Fiscalização 

Segundo a GPESA, a Salmonella é uma bactéria que causa intoxicação alimentar e, em casos raros, pode provocar graves infecções, e até a morte. Para assegurar a qualidade dos alimentos ingeridos pela população, a Gerência de Sanidade Avícola prima pela manutenção da saúde do plantel avícola, por meio de um minucioso trabalho de fiscalização.

A portaria estabelece as normas de controle e monitoramento dos animais

A portaria também estabelece normas para o trânsito de aves infectadas por Salmonella spp. Elas são levadas a abatedouros com serviço de inspeção para serem abatidas.

A gerente do Programa Estadual de Sanidade Avícola, Lettiere Lima, ressalta a importância da nova portaria do Mapa e do trabalho da defesa sanitária realizado pela Adepará. “Nós vamos controlar e monitorar a coleta de material biológico na granja avícola de corte para pesquisa de Salmonella spp., e fazer a divulgação do resultado laboratorial e trânsito das aves mediante resultado desta coleta: abatedouro com serviço de inspeção ou aglomeração. A Defesa irá atuar neste aspecto para a garantia da segurança alimentar da população", informa Lettiere Lima.

Transporte 

Antes da portaria as aves eram transportadas das granjas de corte para os distribuidores de aves vivas, e destes para os pontos de abate em feiras livres. Durante o trânsito há o compartilhamento de fômites (objetos que podem disseminar agentes infecciosos), gaiolas e caminhões transportadores. Com a quebra desse fluxo, a finalidade da Agência Agropecuária é diminuir a prevalência da Salmonella na cadeia avícola paraense, contribuindo para a manutenção da saúde do plantel avícola e da saúde pública.

Segundo a GSIE, a Salmonelose é uma doença infecciosa, causada por bactérias do gênero Salmonella, transmitida por alimentos. A disseminação em aves e seus produtos nos estabelecimentos de abate é controlada por meio de gestão de risco, baseada em dados epidemiológicos e no banco de sorovares desse patógeno.

O Serviço de Inspeção Estadual, por meio da GCAR (Gerência de Carnes, Ovos e Derivados) informa que antes da publicação da portaria os estabelecimento de abate de aves registrados no SIE não apresentavam, em seus programas as ações de controle e monitoramento de Salmonella. Agora, o SIE poderá instituir o controle e monitoramento de Salmonella spp. nos abatedouros frigoríficos de aves, por meio de ciclos de amostragens implantados pelos estabelecimentos de abate (amostragem de autocontrole) e pelo Serviço de Inspeção Estadual (amostragem oficial).

Avanço 

“O grande avanço dentro da Inspeção Estadual, com a publicação desta portaria, será o controle de Salmonella spp. por meio de ciclos de amostragens e ações corretivas e preventivas, devidamente definidas. Esse controle nos estabelecimentos de abate é de fundamental importância, por se tratar de um agente com alto potencial patogênico para infecção em seres humanos e de grande capacidade de transmissão entre os alimentos. Com as análises laboratoriais, passaremos a conhecer os índices de contaminação, os sorovares etc.. e assim teremos meios de identificar e adotar medidas de boas práticas de produção dentro do abatedouro, capazes de diminuir a disseminação desse agente, estabelecendo níveis adequados de proteção ao consumidor”, explicou Selma Cunha, médica veterinária da equipe técnica do GCAR.

Equipe da Adepará em trabalho de inspeção de granjas

A equipe da GCAR (Gerência de Carnes, Ovos e Derivados) acompanhará a implantação e lançará, em breve, um POP (Procedimento Operacional Padrão) com instruções desde a elaboração do cronograma até o envio da coleta ao laboratório, para padronizar as ações que serão desenvolvidas para cumprimento da portaria, a fim de estabelecer níveis adequados de proteção ao consumidor.

Fonte: Agência Pará

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