15 dez 2021

Ferroeste beneficiará agroindústrias do Oeste de SC

“A permanência e a expansão das agroindústrias no grande oeste catarinense dependem da construção dessa obra”, destaca José Antonio Ribas Jr., presidente do Sindicarne SC. Saiba mais aqui!

A autorização, no último dia 9/12, pelo Governo Federal, para que grupos empresariais tirem do papel o projeto de construção e operação da Ferroeste, foi comemorada pelo presidente do Sindicarne (Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina), José Antônio Ribas Júnior. Os 286 km de ferrovia entre Cascavel (PR) e Chapecó (SC), atendem à necessidade de abastecimento de matéria-prima, principalmente milho, às agroindústrias, além da produção de alimentos sediadas no oeste de Santa Catarina.

“A permanência e a expansão das agroindústrias no grande oeste catarinense dependem da construção dessa obra”, destacou Ribas.

ferroeste

No referido trecho, devem ser investidos R$ 6,4 bilhões e abertas 122.485 vagas de trabalho (diretas, indiretas e efeito-renda). Ribas enfatiza que a ferrovia permitirá ligar a região produtora de grãos do centro-oeste do País com Chapecó e, por isso, será essencial para garantir o suprimento de milho às agroindústrias do grande oeste catarinense.

O dirigente avalia que a operação para busca do milho no Brasil Central requer mais de 100 mil viagens de carretas com capacidade média de 30 toneladas, que fazem o percurso de 2,2 mil quilômetros, com elevado custo ambiental e humano.

“Isso representa mais de 6 bilhões de reais em fretes, todo ano", salienta Ribas. "Com esse dinheiro é possível construir no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás as mais avançadas indústrias do planeta”, completa.

O presidente do Sindicarne acredita que só há um meio para evitar a fuga das agroindústrias: construir a ferrovia norte-sul, ligando o oeste catarinense ao centro-oeste do País. Segundo ele, a dependência dessa matéria-prima e as deficiências da infraestrutura logística brasileira, localizadas fora da porteira dos estabelecimentos rurais e agroindustriais, anulam a aptidão e a competência do agronegócio e prejudicam muito mais a agricultura do que as chamadas barreiras externas, como subsídios, quotas e sobretaxas.

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Ribas destaca ainda que o custo de transporte rodoviário, caso mantenha-se a atual matriz, inviabilizará grandes empreendimentos do agronegócio em solo catarinense. Esse quadro, segundo ele, é agravado pelas rodovias em péssimas condições que neutralizam a competitividade das empresas.

"A opção pela linha férrea reduzirá em 30% o custo do transporte de insumos, como milho e soja", salienta. " Santa Catarina necessita de 7 milhões de toneladas de milho por ano e importa 5 milhões de outras regiões do País e do exterior", completa.

Novos Tempos

A empresa estatal paranaense Ferroeste assumiu o trecho. A ligação Cascavel-Chapecó integra projeto da Ferroeste que conseguiu, também, aprovação para ferrovia entre Maracaju (MT) e o Porto de Paranaguá (PR), ligação que também interessa às indústrias exportadoras catarinenses.

Criado a partir do novo Marco Legal das Ferrovias, o Pró-Trilhos (Programa de Autorizações Ferroviárias) estimula a ampliação da malha ferroviária nacional pela iniciativa privada, por meio do instrumento da outorga por autorização. O Programa foi criado por meio da Medida Provisória nº 1.065/21, que instaura o instituto da outorga por autorização para o setor ferroviário, autorizando a livre iniciativa no mercado ferroviário. Permitindo, assim, que o setor privado possa construir e operar ferrovias, ramais, pátios e terminais ferroviários.

O Pró-Trilhos aumentará a atratividade do setor privado para realizar investimentos em ferrovias nas modelagens greenfields (novos empreendimentos, ferrovias construídas a partir do “zero”) ou brownfields (empreendimentos que utilizarão ferrovias já existentes, no todo ou em parte).

Até o momento, o Ministério da Infraestrutura recebeu 36 requerimentos de autorização ferroviária, perfazendo 7.780 novos km de ferrovias e investimentos na ordem de R$ 115 bilhões. A expectativa é de que sejam criados 2 milhões de novos postos de trabalho diretos e indiretos, além da diminuição do custo de transporte, da emissão de dióxido de carbono e a modernização da malha ferroviária nacional.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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