03 set 2021

Halal já representa 40% das exportações brasileiras de carne de frango

A carne de frango halal já responde por 40% do volume de proteína avícola exportada pelo Brasil neste ano de […]

A carne de frango halal já responde por 40% do volume de proteína avícola exportada pelo Brasil neste ano de 2021, segundo informação divulgada no site da Comex do Brasil. Segundo dados da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), o Brasil deverá exportar, em 2021, 4,35 milhões, das 14,5 milhões de toneladas de carne de frango a serem produzidas no país.

Halal, que em árabe significa aquilo que é lícito, permitido, autorizado, é um conjunto de normas religiosas que orientam muçulmanos sobre como se comportar, o que falar ou vestir. No caso da alimentação e, mais especificamente, da carne de frango, estabelece que ela apenas pode ser consumida caso o animal seja abatido de determinada forma, minimizando seu sofrimento. Só assim o alimento recebe a certificação devida e pode ser exportado a países como Arábia Saudita ou Emirados Árabes.

oriente médio inocuidade halal

A Garra International é uma das empresas que tem visto a tendência halal repercutir em seus números. Com operação em dez países – e clientes em 60 – ela atua como facilitadora nas duas pontas do negócio, para compradores (distribuidores e processadores de alimentos) e fornecedores.

Em 2010, 57% das exportações que ela intermediava no Brasil tinha o Oriente Médio como destino. Hoje esse índice está em 65%.

“Esse mercado halal vem crescendo ano após ano não só pela demanda dos países árabes, mas também por conta das comunidades muçulmanas espalhadas por todo o mundo”, declarou ao site da Comex do Brasil, Matias Hees, CCO da Garra. “O Oriente Médio é muito relevante, claro, bem como o norte da África, mas China e União Europeia também têm aumentado sua participação no segmento”.

De fato, de janeiro a maio deste ano foi a Arábia Saudita que mais importou frango halal brasileiro (26%), seguida pelos Emirados Árabes. No entanto, outros países, muitos dos quais não têm maioria muçulmana, receberam 27%, conforme dados da ABTA. Na liderança geral, ou seja, considerando não só o produto halal – e como já tem ocorrido nos últimos anos – está a China.

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Segundo Hees, mesmo o aumento de custos de produção, provocados pela alta nos valores de insumos e transporte marítimo, não provocou queda nas exportações. “Essa inflação, até agora, tem sido repassada ao preço final do produto. No caso do halal, em função de suas particularidades, que impactam na velocidade de produção, há ainda um acréscimo”, diz.

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