15 fev 2018

Governo e avicultores pactuam preço do frango na Bolívia

Nos últimos tempos, o preço do frango gerou diferenças entre o governo e os produtores bolivianos. Estes últimos, solicitavam ajustes no preço do produto avícola

Diante das diferenças sobre o preço do frango na Bolívia, sustentadas pelo governo, produtores e comerciantes , finalmente o ministro de Desenvolvimento Rural e Terras da Bolívia, César Cocarico, informou que em 9 de fevereiro de 2018, acordou com os avicultores do país a venda do quilo de carne de frango a um preço máximo de 15 bolivianos (US$2,16) para o consumidor final, nos centros de abastecimento.

O anúncio foi feito após uma reunião com produtores da Associação de Avicultores (ADA) dos departamentos de Cochabamba e Santa Cruz. “Estamos falando de uma provisão máxima de 13 bolivianos a 13,5 bolivianos (US$1,87 a US$1,94). Isso significa que, no mercado, o comerciante venderá a um máximo de 15 bolivianos (US$2,16) o quilo de frango. Esse é o máximo que pode haver”, afirmou o ministro de Desenvolvimento Rural e Terras.

Ele advertiu que o Governo nacional e as prefeituras do país fiscalizarão a aplicação do preço máximo fixado, para que não haja especulação nos centros de abastecimento.

Ele também anunciou que haverá controle sobre o contrabando de pintinhos, que geralmente entram no território nacional pela Argentina, por regiões como Bermejo, Yacuiba e Villazón, porque é um fator para a diminuição do preço deste produto. “Isto aumenta a oferta e como há aumento de oferta também há baixa de preços”, acrescentou. – El País

O ministro César Cocarico explicou que o acordo com os avicultores se concretizou para evitar que o custo do quilo de frango, no caso do consumidor final, seja elevado “de maneira exagerada”, como ocorreu nos últimos dias em algumas regiões do país.

Além disso, o ministro de Desenvolvimento Rural e Terras detalhou que o preço do quilo da carne de frango será regulado no futuro com medidas que permitirão melhorar a produção avícola nacional e o processo de distribuição nos centros de abastecimento.

“Estamos falando de padronizar a produção, de tal forma que toda a cadeia tenha um comportamento uniforme”, explicou.

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O secretário do Ministério de Desenvolvimento Rural e Terras reconheceu que o setor avícola teve uma diminuição em sua produção no último ano por falta de incentivo ao setor, no entanto, asseverou que o preço final do quilo de frango não deve exceder os 15 bolivianos (US$US$2,16) para o consumidor final.

“Devemos estar conscientes de que em 2017 se comercializou o frango abaixo dos custos de produção, não houve lucro e inclusive houve perdas para o produtor", afirmou. Por outro lado “os meses de dezembro e janeiro são os meses com maior demanda (de frango) no mercado, o que fez com que o preço do frango suba”.

Ele afirmou ainda que a produção e o preço do produto irão se normalizando, explicando que o preço do frango ao consumidor final é fixado pelo mercado e não pelo Governo, nem produtores.

O gerente geral da Câmara Agropecuária de Cochabamba, Rolando Morales, lamentou que não tenham sido convocados à reunião, porém garantiu que o preço do frango deve ser consensuado.

Retoma equilíbrio o preço do frango na Bolívia
Segundo o presidente da Associação de Avicultores (ADA) de Cochabamba, Willy Soria, durante 2017 o preço do quilo da carne de frango esteve muito baixo e, devido a isso, alguns produtores deixaram a atividade.

Ele também informou que em 2015 e 2016 o preço do quilo de frango estava em 15 bolivianos (US$US$2,16), o que assegurava os custos de produção. Atualmente o produto custa até 16 bolivianos (US$2,30) nos mercados de Cochabamba, segundo constatou o meio – La Prensa.

O representante da ADA garantiu que na reunião de sexta-feira com o ministro César Cocarico não se fixou preços do frango, mas se estabeleceu mecanismos para chegar a um equilíbrio e ter a possibilidade de garantir a sustentabilidade da atividade agrícola.

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