10 set 2019

Quais os impactos financeiros das doenças da produção avícola?

Quais os impactos financeiros das doenças da produção avícola? Buscar a resposta correta para essa pergunta foi o objetivo dos […]

Quais os impactos financeiros das doenças da produção avícola? Buscar a resposta correta para essa pergunta foi o objetivo dos pesquisadores das Universidades de Reading (Inglaterra), Copenhague (Dinamarca) e do Instituto de Recursos Naturais da Finlândia.

Denominado "Uma revisão do impacto financeiro das doenças de produção na produção avícola" (livre tradução), o estudo focou em nove doenças identificadas por um corpo técnico de 29 cientistas europeus da área de medicina veterinária e ciência animal, colaboradores do projeto PROHEALTH. Os critérios adotados para a classificação da importância dessas doenças foram: taxas de incidência, perdas de receita, ou problemas de controle.

As nove doenças classificadas foram:

"Embora a literatura acadêmica afirme amplamente que as doenças de produção têm um impacto financeiro significativo na produção de aves, essas alegações raramente são apoiadas por evidências empíricas", apontam os pesquisadores. "Existe, portanto, o risco de que as necessidades de informação dos produtores de aves sobre os custos associados a determinadas doenças não estejam sendo adequadamente atendidas", completa.

Segundo os pesquisadores, a literatura sobre doenças avícolas tem um foco principalmente epidemiológico, com poucas publicações fornecendo estimativas dos impactos financeiros das doenças.

Pesquisa

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Como primeira etapa da pesquisa, Philip Jones, da Universidade de Reading, e os colaboradores fizeram um levantamento na "Web of Science",  usando um termo personalizado com palavras-chave determinadas. Os resumos encontrados foram examinados e adotados alguns critérios de exclusão como duplicações, ausência de medidas de desempenho físico ou dados financeiros etc.

Essa primeira etapa rendeu 64 estudos originais. Para complementar esta lista, foram encontradas publicações adicionais a partir da revisão das listas de referência das publicações já identificadas, além de uma pesquisa usando o Google Scholar, em sites de organizações como a FAO e listas de referência de projetos recentes de pesquisa em saúde de aves.

A pesquisa secundária levou a uma nova lista de estudos, totalizando 129 publicações, incluindo periódicos revisados e anais de conferências, além de literatura "cinzenta.

"Algumas publicações quantificaram os impactos físicos de doenças de produção e intervenções de controle, por exemplo, usando medidas como volumes de produção, taxas de mortalidade e contagem de bactérias", apontam os pesquisadores. "Usando esses dados em modelos financeiros padrão, foram possíveis análises financeiras parciais para algumas doenças da produção avícola", completa.

A revisão literária aponta a coccidiose e a clostridiose como as doenças de produção mais comuns em rebanhos de aves, sendo a salpingoperitonite a mais comum em poedeiras.

"Enquanto o impacto financeiro de doenças não tratadas variou, a maioria das doenças não controladas foi estimada em perdas de lotes", salienta a pesquisa. "No entanto, em todos os casos, estavam disponíveis intervenções que reduziram significativamente essas perdas", completa.

Segundo os pesquisadores, a revisão reforça a preocupação de que a literatura acadêmica disponível não esteja fornecendo informações suficientes para que os produtores de aves possam decidir sobre medidas de prevenção e tratamento financeiramente ótimas.

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