10 jul 2017

Paraguai resguarda seu status sanitário livre de Influenza Aviária

Os produtores avícolas paraguaios em conjunto com o governo estão adotando medidas preventivas contra a Influenza Aviária.

A Associação de Avicultores do Paraguai (AVIPAR), juntamente com o Serviço Nacional de Qualidade Animal (SENACSA), realizou uma conferência sobre “Influenza Aviária" no Salão “Dr. German Ruiz Aveiro” da Associação Rural do Paraguai (ARP), no final de junho de 2017. A palestra foi realizada pelo Dr. Hernán Rojas, profissional chileno de renome internacional por sua vasta experiência nesta enfermidade aviária.

A situação da Influenza Aviária em nível mundial é progressivamente mais problemática devido ao alcance que tem, o que torna de vital importância que o setor avícola se apoie em seus trabalhos diários de recomendações pontuais, com a finalidade de prevenir esta enfermidade e preservar o status sanitário do país.

Cabe assinalar que o Paraguay está apontando para o mercado exportador de carne de aves, como publicado no aviNews, durante os quatro primeiros meses de 2017, as exportações de produtos avícolas do país cresceram 300% em comparação ao mesmo período do ano passado. Por isso, proteger seu status sanitário é chave para a indústria avícola.

É apropriado destacar que a conferência se revestiu de especial importância, - Poder Agropecuário -  já que o Dr. Rojas compartilhou a experiência chilena dos últimos focos da enfermidade registrados no país, assim como pela consideração que merece de todos os avicultores, considerando suas implicações na saúde humana, animal e pelos enormes prejuízos que traz consigo a enfermidade.

O Dr. Hernán Rojas focou as atividades no desenvolvimento de ferramentas de prevenção através de sua própria experiência, já que no Chile, recentemente, se registrou a Influenza Aviária, combatida e erradicada.

Grupos de Influenza Aviária
Consolidando seu amplo conhecimento, o Dr. Rojas destacou que a Influenza Aviária se divide em dois grandes grupos de baixa e alta patogenicidade. O primeiro grupo produz menor impacto nas aves e pode ser assintomático, entretanto, o segundo grupo gera mais sinais e uma alta mortalidade.

De acordo com a FAO, a Influenza Aviária altamente patógena causa uma enfermidade grave nas aves de criação e sua taxa de mortandade é de até 100%. Entretanto, a Influenza Aviária pouco patógena causa uma enfermidade leve e pouca, ou nenhuma mortandade.

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“A Influenza Aviária normalmente se encontra presente nas aves silvestres, sem gerar sintomas nestas, não obstante, sob determinadas condições estes vírus podem ser transferidos a outros tipos de aves que são suscetíveis, como o caso das comerciais, patos, frangos e gansos”, indicou o Dr. Rojas. Além disso, esclareceu que isto se dá unicamente quando as aves domésticas, com as silvestres, entram em contacto de forma direta ou indireta.

Para o caso dos mamíferos, destacou que em geral são suscetíveis a alguns tipos de Influenza Aviária, que se originam da combinação destes vírus entre aves e, às vezes, com vírus de suíno, podendo afetar as pessoas. São casos raros, não obstante, tenham ocorrido em várias partes do mundo. “Há que se ressaltar que isto pode se dar somente por contato direto com as aves, mas não com o consumo de alimentos derivados destes animais”.

Por sua parte, o presidente da Associação de Avicultores do Paraguay, Paulo Mauger, concluiu que a conferência foi muito didática já que o objetivo primordial era sensibilizar as pessoas para que tomem medidas e precauções no dia a dia de suas funções.

A problemática da Influenza Aviária está em todas as partes e por esta razão os avicultores paraguaios estão atuando preventivamente e para proceder eficazmente ante uma eventual situação. O SENACSA está tomando medidas em conjunto com o setor avícola para evitar que esta enfermidade se apresente neste país.

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