10 fev 2022

Soja: Conab anuncia queda aproximada de 9% na produção

Com 16,8% das lavouras já colhidas, a soja deverá registrar uma produção de 125,47 milhões de toneladas, o que representa […]

Com 16,8% das lavouras já colhidas, a soja deverá registrar uma produção de 125,47 milhões de toneladas, o que representa uma queda de cerca de 9% comparada com a safra passada, segundo divulgação da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Para o milho, a Companhia estima a colheita de 112,34 milhões de toneladas, representando um incremento de 29% em relação a 2020/21.

A produção brasileira de grãos na safra 2021/22 está estimada em 268,2 milhões de toneladas, segundo o 5º Levantamento da Safra de Grãos 2021/2022 . O volume, se confirmado, representa um crescimento de 5% quando comparada com a temporada passada, o que representa cerca de 12,79 milhões de toneladas a mais a serem colhidas.

Soja Conab

 

“O desempenho da atual safra sofre impacto da forte estiagem, verificada nos estados da Região Sul do país e no centro-sul de Mato Grosso do Sul, que justifica as perdas expressivas nas produtividades estimadas, sobretudo nas lavouras de soja e milho, explica o presidente da Companhia, Guilherme Ribeiro. “Mesmo com índices pluviométricos mais regulares em comparação ao registrado em dezembro do ano passado, a chuva registrada em janeiro na região Sul não foi suficiente para atingir a média em toda a região, pondera Ribeiro.

O plantio da soja ocorreu dentro da janela ideal na maioria das regiões produtoras, o que gerou expectativas positivas. Porém, a partir de novembro, o cenário mudou devido às condições climáticas adversas ocorridas.

“A influência do fenômeno La Niña interferiu fortemente nas precipitações registradas. Praticamente toda a Região Sul e parte do Mato Grosso do Sul sofreram restrição hídrica severa em novembro e dezembro, além de altas temperaturas, que provocaram drástica queda de produtividade nas áreas”, reforça o diretor de Política Agrícola e Informações da Companhia, Sergio De Zen.

Continue após a publicidade.

para o milho, apesar do clima adverso para a primeira safra, a Conab espera uma recuperação na produção. A primeira safra do grão deve permanecer em 24 milhões de toneladas, volume muito próximo ao colhido na temporada passada. Já para a segunda safra é esperado um aumento de 47% na colheita, podendo chegar a 86 milhões de toneladas.

“Esse aumento é devido aos preços atrativos praticados pelo mercado e pelo plantio realizado na janela ideal da soja, principal cultura que antecede ao milho”, ressalta o diretor. Segundo o Progresso de Safra, divulgado no último dia 7, já haviam sido semeados 22,4% da área prevista, com destaque para Mato Grosso, com percentual de plantio que chega 42,6%.

Mercado

Neste levantamento, a Conab anunciou um corte de 10,3% nos embarques previstos para a soja, em relação ao boletim divulgado em janeiro. Com a quebra da safra na região Sul, a nova estimativa é que as exportações da oleaginosa atinjam 80 milhões de toneladas.

Já para o milho, na safra 2020/21, no acumulado de fevereiro a janeiro foram exportadas 20,8 milhões de toneladas, enquanto que as importações fecharam o ano safra em 3 milhões de toneladas. Com isso, os estoques finais estimados para o ciclo passado resultaram num total de 8,8 milhões de toneladas.

Para a temporada 2021/22, diante do aumento da produção e de uma moeda doméstica desvalorizada, a Conab estima que 35 milhões de toneladas serão exportadas. Além disso, a Conab espera que o estoque final no atual ciclo seja de 10 milhões de toneladas, valor 14,5% superior ao estimado para a safra 2020/21. A recuperação ocorre em função da expectativa de uma boa segunda safra de milho no Brasil.

Quanto ao trigo, a previsão é que os estoques de passagem fechem o ano em 180 mil toneladas, volume superior ao que foi observado na safra 2020/21, porém com redução em relação ao último levantamento, quando se previa a finalização do ano safra em julho com 280 mil toneladas de estoques de passagem.

Em relação aos preços dos produtos nas principais praças observou-se, no mês de janeiro em comparação com dezembro, certa estabilidade nas cotações de arroz no Rio Grande do Sul, com ligeira queda de 0,1%. Preços estáveis também para o trigo no Paraná. No Mato Grosso, alta para milho, soja e algodão em 10,5%, 7,6% e 6,7% respectivamente. A oleaginosa também apresentou preços mais elevados em 5,5% no PR.

Relacionado com aviNews Brasil

REVISTA

Assine agora a melhor revista técnica sobre avicultura

AUTORES

JUNTE-SE À NOSSA COMUNIDADE AVÍCOLA

Acesso a artigos em PDF
Mantenha-se atualizado com nossas newsletters
Receba a revista gratuitamente em versão digital

DESCUBRA
AgriFM - Os podcasts do setor agrícola em português
agriCalendar - O calendário de eventos do mundo agrícolaagriCalendar
agrinewsCampus - Cursos de formação para o setor agrícola e da pecuária